A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) quer identificar os torcedores envolvidos na briga registrada na noite desta quarta-feira (21), durante o jogo do Vasco e Flamengo, pelo torneio “Super Séries”. Para isso, irá solicitar imagens do circuito interno da Arena da Amazônia, gravadas durante a partida.
A confusão entre os torcedores tomou conta do corredor de acesso às arquibancadas da Arena no intervalo da partida. Os torcedores depredaram parte do patrimônio do estádio, quebrando lixeiras e arremessaram vassouras, pás e extintores de incêndio. Até um rojão foi disparado dentro do estádio, assustando outros torcedores. O tumulto envolveu mais de 30 pessoas.
Segundo testemunhas, no momento da confusão, não havia policiamento no local. No final do jogo, que terminou com vitória para o Flamengo de 1 x 0, policiais reforçaram a segurança e fizeram um cordão de isolamento nas arquibancadas, para evitar mais brigas, durante a saída dos torcedores do estádio.
De acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Sérgio Fontes, os envolvidos identificados poderão receber as punições previstas no Estatuto do Torcedor, que prevê pena até mesmo de prisão e proibição de comparecimento em eventos esportivos. “Nós lamentamos que pessoas mal intencionadas tenham entrado no evento com o intuito de promover a briga e não para torcer pelo seu time. Mas a sociedade amazonense pode ter a garantia vamos apurar com rigor”, disse.
O secretário destacou que a segurança na área interna da arena é de responsabilidade da empresa contratada pela organizadora do evento, que, conforme já identificado, falhou no controle de acesso, permitindo a entrada de objetos proibidos, como o rojão que foi disparado por um dos torcedores. “Os responsáveis pela segurança privada cometerem diversas falhas, por isso, a Polícia Militar precisou intervir, e agiu de maneira correta, contendo a confusão”, afirmou Sérgio Fontes.
O evento na Arena foi monitorado pelo Centro Integrado de Comando e Controle do Amazonas (CICC-AM). O secretário-executivo de Grandes Eventos da SSP-AM, coronel Dan Câmara, explicou que o órgão irá fazer recomendações para os organizadores quanto ao melhor controle de acesso para evitar a entrada de objetos proibidos que coloquem em risco a segurança das pessoas. “Vemos situações parecidas em outros Estados, onde a segurança privada tem falhado e a força do Estado precisa agir. Agora vamos cobrar para que eles cumpram o protocolo das revistas e controle de acesso, que é o que garante a segurança de todos”, disse.
A Fundação Vila Olímpica informou que está realizando levantamento na Arena da Amazônia para saber quais foram os itens depredados durante a confusão entre torcedores. O prejuízo deverá ser ressarcido pelo organizador do evento.