O delegado geral de Polícia Civil do Amazonas, Orlando Amaral, afirmou, neste sábado (8), que o foragido da Justiça Kelvin Gamenha Peixoto, suspeito do latrocínio do sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Afonso Camacho, morreu após reagir a tiros à abordagem policial.
Juntamente com o delegado titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), Adriano Felix, em coletiva de imprensa, na sede da Delegacia Geral, situada na zona Centro-Oeste da cidade, Amaral falou sobre a operação que resultou na morte do foragido.
De acordo com Felix, Kelvin foi localizado por volta das 23h da sexta-feira (7), na Comunidade Jacurutu, nas proximidades de Iranduba, município distante 27 quilômetros de Manaus. O infrator era procurado por envolvimento no latrocínio do sargento Camacho, ocorrido no dia 17 de julho deste ano, quando a vítima, que tinha 44 anos, e teve R$ 60 mil roubados, quando saía de uma agência bancária situada no bairro Educandos, zona Sul de Manaus.
“No primeiro momento demos voz de prisão ao infrator, mas ele não acatou a ordem e reagiu, efetuando dois disparos de revólver calibre 38 em nossa direção. Por conta disso tivemos que reagir e ele acabou sendo alvejado três vezes. Nós o socorremos ainda com vida e o levamos ao Hospital Hilda Freire, em Iranduba, mas ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito por volta de 1h da madrugada deste sábado, dia 8”, relatou a autoridade policial.
A ação policial foi coordenada pelos delegados titulares da Derfd e Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Adriano Felix e Rafael Allemand, respectivamente. O trabalho contou com o reforço de integrantes do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), Delegacia Fluvial (Deflu) e Grupamento de Operações Aéreas (GOA). A Polícia Militar do Amazonas também ajudou nas buscas por Kelvin, por meio do Departamento de Inteligência (DI), do Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer), da Companhia de Operações Especiais (COE) e Canil.
“Por se tratar de um local de difícil acesso, mobilizamos profissionais de distintos segmentos. As lanchas disponibilizadas pela Deflu para a nossa locomoção até o lugar foram imprescindíveis para o sucesso da operação, bem como a iluminação na mata fechada, facilitada pelo helicóptero utilizado pela equipe do GOA”, acrescentou Adriano Felix.
Segundo a investigação policial, Kelvin, que tinha 23 anos, foi um dos dois responsáveis por atirar no sargento Afonso Camacho. Ele foi o sétimo envolvido no crime preso pela Polícia Civil. “Identificamos o infrator a partir das imagens capturadas pelas câmeras de segurança da agência bancária e do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). Nossa equipe de investigação apurou que ele estava escondido em um flutuante no município de Iranduba. Em seguida nos deslocamos até o local”, explicou o delegado.
Prisões
Na última terça-feira (4), os policiais civis que atuam na Derfd prenderam seis dos oito investigados pelo latrocínio de Afonso Camacho, entre eles: Fabrícia Alves da Costa, 26, conhecida como “Biti”, e Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos, 18, o “Gordinho”, apontados como os mentores do crime.
Além de Fabrícia e Marcelo, Sérgio Silva de Sales, 34, conhecido como “Soró”; o técnico em refrigeração Alex Sandro Santos de Castro, 26; o motorista Carlos Thiago Teixeira da Silva, 26; e o mototaxista Luiz Paulo do Nascimento, 27, também foram presos por participação no delito.
O delegado geral Orlando Amaral informou na tarde de hoje que o oitavo integrante da quadrilha já foi identificado. “Iremos continuar as buscas para prendermos este último infrator e considerarmos o caso totalmente elucidado”, concluiu.
Inquérito Policial
Paulo Mavignier, delegado titular da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), localizada em Iranduba, área onde ocorreu o óbito, disse que foi instaurado um Inquérito Policial (IP) para apurar as circunstâncias da morte de Kelvin e, no prazo de 30 dias, o documento deverá ser concluído.
“Assim que fui informado sobre o óbito, por volta de 1h, estive no hospital, acionei o Instituto Médico Legal, solicitei perícia e ouvi os policiais envolvidos na ação. tomamos todas as providências cabíveis a nós confiadas”, relatou.