O Amazonas vai receber mais 25 aeroportos, por meio do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR). A informação foi confirmada nesta quinta-feira (12), em entrevista à Rede Tiradentes, pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que destacou a importância das obras para a população do Estado e para o turismo internacional de natureza. Falando meio que como futuro candidato – quem sabe ?! – o ministro fez questão de nominar todos os municípios que serão beneficiados.
“Amaturá, Barcelos, Boca do Acre, Borba, Carauari, Coari, Codajás, Eirunepé, Fonte Boa, Humaitá, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manicoré, Maraã, Maués, Nova Olinda do Norte, Parintins, Pauini, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tefé e Uarini será os municípios beneficiados, no Amazonas!”
Segundo o ministro Eliseu Padilha, os novos aeroportos vão obedecer a um padrão internacional. “Estes aeroportos regionais vão obedecer ao Padrão Internacional de Aviação. Se qualquer avião, de qualquer parte do mundo, que está sobrevoando a Amazônia, e, por qualquer razão, precisar descer, terá na carta dele a informação que vai poder contar com pista no tamanho ‘X’, serviço de combate a incêndio, serviço de rádio, vai ter pátio de estacionamento e um terminal de passageiros. Esses itens terão que ser construídos em todos os aeroportos!”
Eliseu Padilha destacou que o prazo para as obras deve ser de apenas 18 meses. “Temos já uma projeção de começar as licitações no segundo semestre deste ano – estamos em fevereiro – então, a partir de julho, se não antes, teremos licitações. Podemos pensar em fazer um aeroporto novo em 18 meses. E se forem só pequenas reformas – porque já temos muitos aeroportos funcionando – eles apenas têm de ser adaptados à nova realidade. Vamos fazer essa adequação de forma a poder conferir o selo de aeroporto regional com as condições de navegação exigidas internacionalmente!”
Em relação aos preços das passagens, o ministro Eliseu Padilha disse que deverão ser menores, porque serão subvencionados, pelo governo federal, mas com as devidas ressalvas. E citou um exemplo: “Parintins, claro! Todo brasileiro que tem razoável informação, sabe que lá, temos uma festa que faz com que a cidade seja um dos destinos turísticos mais visitados em toda a Amazônia, então nós não podemos fazer o preço praticado durante a festa. Temos ter de fazer um preço da aviação normal, durante o período que não seja na festa. Na aviação regular, é óbvio que o preço deve ser acessível, por que o objeto desse programa é fazer com que todo brasileiro possa viajar. E não Região Amazônica, vamos ter subvenção sim! E bastante alta! O governo vai pagar parte da passagem! Vai fazer com que a aviação seja garantida! O preço não poder ser maior do que Nova Iorque ou Miami!”
Eliseu Padilha disse, ainda, que os editais serão lançados em meados de julho, mas ressaltou que os aeroportos que já têm estrutura, e terão suas obras prosseguidas serão concluídos mais rapidamente.
“Temos vários em operação: Barcelos tem interesse de companhia de aviação querendo operar imediatamente; Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Lábrea, Parintins, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Tefé, todos têm companhias interessadas em operar. Nesses, podemos começar mais cêdo, porque já temos instalações! Não vamos começar ‘do zero’. Aliás, começar ‘do zero’, mesmo, serão os de Codajás, Jutaí, Maraã e Uarini. Os outros já têm alguma estrutura de aeroporto, então, não é tão difícil! Podem ir ais rápido!”
O ministro Eliseu Padilha é deputado federal pelo PMDB, partido do vice-presidente Michel Temmer e integrante da base aliada da presidente Dilma Rousseff.