De cabeça erguida, usando o uniforme do Centro de Detenção Provisória (CDP) e óculos escuros, a suposta mandante da tentativa de assassinato contra a estudante de direito Denise Silva, empresária Marcelaine Santos Schumann, de 36 anos, chegou por volta das 9h20, à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) onde deverá prestar depoimento.
À imprensa, o advogado da acusada disse que Marcelaine deverá permanecer em silêncio.
Marcelaine recusou a oferta de seu advogado, que ofereceu o blazer para que ela cobrisse o rosto, dispensando seu direito de manter sua imagem preservada.
No início desta semana, a defesa da acusada divulgou para a imprensa local uma nova versão para o crime. De acordo com o advogado, José Bezerra de Araújo, Marcelaine não encomendou a morte da suposta rival. Ela contratou o grupo suspeito de envolvimento na tentativa de assassinato apenas para cobrar uma dívida de R$ 40 mil de um empresário.
No dia seguinte às declarações da defesa, o delegado Paulo Martins contestou a nova versão em coletiva de imprensa. Ele afirmou que aguardava a decisão da Justiça para ouvir Marcelaine na Delegacia de Homicídios nesta quinta. Na ocasião, ao ser questionado sobre a prisão de uma sexta pessoa envolvida no caso, o delegado informou que o vigilante, que seria amigo de faculdade da socialite e teria contatado um outro envolvido no caso, foi indiciado.
O depoimento foi solicitado pela DEHS à VEP e ao MPE/AM no último dia 8, peça que fecharia o inquérito sobre o caso, visto que já foram ouvidos Rafael Leal dos Santos, 25, o “Salsicha”, apontado como o atirador, Charles “Mac Donald” Lopes Castelo Branco, 27, que teria negociado o crime com a mandante, Karen Arevalo Marques, 22, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio e o vigilante Edney Costa Gomes.