Os pescadores dos municípios de Apuí, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Nova Aripuanã, Borba, Canutama, Lábrea, Enviara, Ipixuna, Guajará, Carreiro da Várzea, Humaitá e Boca do Acre, no Estado do Amazonas, que trabalham na bacia do Rio Amazonas, serão beneficiados com 30 dias de Seguro Defeso. A decisão foi tomada pelos ministérios da Pesca e Aqüicultura e do Meio Ambiente.
A instrução normativa conjunta, que estabelece o novo período de defeso na região será assinada nesta tarde, em Manaus, durante encontro do ministro Eduardo Lopes com os pescadores da região. O evento acontece no Auditório Martinho Lutero, no Centro Universitário Luterano de Manaus (Celun/Ulbra). A medida entre em vigor imediatamente.
No Amazonas, o Seguro Defeso movimenta R$ 210 milhões por ano e beneficia 120 mil pessoas. Segundo o governo do Estado, 180 mil pessoas dependem da pesca para sobreviver. Normalmente, o Seguro Defeso é pago no período de 15 de novembro a 15 de março, época em que o nível dos rios está mais alto.
O pagamento de uma parcela extra do seguro, este ano, foi solicitado pela Federação dos Pescadores do Amazonas (Fepesca), em função das cheias dos rios Purus e Madeira, que também atingiram os Estados do Acre e Rondônia.
A parcela é uma compensação pela paralisação das atividades e tem um caráter social, para atender comunidades alagadas. De outro lado, a cheia favorece a reprodução das espécies e deve proporcionar, no futuro, uma produção maior para o Estado.
Atualmente, a produção de pescados no Estado beira as 200 mil toneladas, segundo informações do governo local. Pelo menos a metade é comercializada e outra parte serve de subsistência para a população ribeirinha. A população do Amazonas está entre as que mais consome peixe no Brasil.