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Suspeitos presos na Operação Patrinus são ouvidos e material apreendido é analisado

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) iniciou nessa segunda-feira (30/9), o deslacre de todo material apreendido durante a Operação ‘Patrinus’, deflagrada na última quinta-feira, em Manaus e Coari. É parte essencial para a colheita de provas, como avalia a Procuradora-Geral de Justiça Leda Mara Nascimento Albuquerque. “Hoje pela manhã foi ouvido um dos envolvidos, mas ainda há a necessidade de oitiva dos demais. O Gaeco vem trabalhando de forma muito intensa, com muito comprometimento, com muita responsabilidade, para que esse período de colheita de provas se conclua o mais rápido possível”, disse a Procuradora-Geral.

O material que foi apreendido vai ser cuidadosamente periciado. São Computadores, mídias eletrônicas, aparelhos celulares e documentos que vão ser analisados com a participação posterior da Controladoria-Geral da União, órgão com o qual o MPAM faz cooperação técnica para atuar nas investigações desta operação.

Segundo o chefe das investigações da ‘Patrinus”, membro do GAECO, Promotor de Justiça Cláudio Tanajura, os participantes do esquema estão sendo ouvidos. O Prefeito Adail Pinheiro e o Kleiton Batista (presidente da Câmara Municipal de Coari) foram ouvidos nesta segunda-feira. O empresário Alexsuel Rodrigues (sócio da empresa AMS Rodrigues) e o sargento PM Fernando Lima (assessor do prefeito) serão ouvidos nesta terça-feira.

“O GAECO continuará as oitivas dos investigados. Além disso vamos continuar a cerimônia de deslacre do material apreendido para que possamos iniciar a análise de todo material que foi objeto de busca e apreensão. O objetivo é principalmente entender como funcionava a organização criminosa e proceder a individualização das condutas criminosas”, declarou o Promotor Cláudio Tanajura.

Prisões mantidas

O TJAM deferiu pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e prorrogou as prisões temporárias do prefeito do município de Coari, Adail José Figueiredo Pinheiro; do empresário Alexsuel Rodrigues; do sargento PM e assessor do prefeito, Fernando Lima e do vereador e presidente da Câmara Municipal de Coari, Kleiton Batista. Nos autos, os mandados de prorrogações das prisões temporárias foram assinados nesta segunda-feira (30) pela magistrada, a quem foi distribuído o processo. “O Ministério Público fez o pedido entendendo que há necessidade de robustecermos o procedimento investigatório. Pra garantia da colheita de provas nessa fase da investigação, nós entendemos que a prorrogação das prisões se faz imperiosa”, avaliou a Procuradora-Geral de Justiça.

Em nota à imprensa divulgada na sexta-feira (27), a desembargadora Carla Reis informou que diversos pedidos e diligências solicitados pelo MPAM foram exaustivamente apreciados dentro de um arcabouço probatório contidos nos autos e resultaram na decretação das quatro prisões temporárias e de aproximadamente 80 mandados de busca e apreensão, domiciliar e pessoal. Tais mandados foram cumpridos em Manaus e no município de Coari em desfavor de membros dos poderes Executivo e Legislativo Municipal, além de empresas do ramo privado e de seus sócios. A relatora do processo afirmou que o processo deixou o status de ‘sigilo absoluto’ e migrou para o de ‘segredo de Justiça’, sendo concedido a todas as partes processuais o devido direito de defesa e pronunciamento nos autos, com acesso irrestrito aos advogados ou de quem tem procuração como representantes das partes.

‘Patrinus’

As investigações duraram cerca de 18 meses, tempo suficiente para que a força-tarefa, formada por pelo menos 4 Promotores de Justiça do GAECO, reforçada pelos promotores que atuam na comarca de Coari, reunisse material suficiente para sustentar os pedidos de prisão temporária, busca pessoal e de busca e apreensão, feitos pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) e aceitos pelo Tribunal de Justiça do Estado.

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