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Precisando de bolsas de colostomia, mais de 1200 ostomizados de Manaus apelam às autoridades da Saúde

– (foto: Henrique Miranda – Assessoria) Mais de 1200 pacientes ostomizados de Manaus, isto é, que precisam usar bolsa de colostomia, estão recorrendo à Superintendência da Saúde do Amazonas (Susam).

Nesta segunda-feira (18), procurado pelos pacientes, o vereador Fred Mota (PR) voltou a cobrar providências às autoridades. Na última sexta-feira (15), o parlamentar já tinha se reunido com o vice-governador e secretário da Saúde do Estado, Carlos Almeida, levando a demanda dos pacientes à secretaria.

Segundo Fred Mota, o equipamento, e que a bolsa que deveria ser usado pelos pacientes foi rejeitado na licitação. Por conta disso, muitos são obrigados a usar uma bolsa de péssima qualidade, o que faz com que eles acabem passando por situações constrangedoras.

“As boas bolsas duram até três dias, mas as que estão sendo utilizadas pelos pacientes, e que estão sendo distribuídas pela Susam, duram apenas quatro horas. Além do mais, elas precisam de uma cola especial, e sem essa cola, perdem a aderência. Aí os pacientes precisam ir ao banco, andar de ônibus, fazem todas as suas necessidades que um ser humano normal faz, e passam por um constrangimento terrível quando essas bolsas estouram”, salienta o vereador.

Problemas

O vereador contou o relato de um paciente ostomizado que, em determinado dia, se sentiu constrangido em uma fila de Banco. “Essa pessoa me contou, aos prantos, que estava na fila do banco, e do nada, a sua bolsa estourou. Foi pedido a ele, gentilmente, que saísse da fila. Imaginem a vergonha que essa pessoa passou. Estas pessoas não estão podendo viver”, frisou.

Mota questionou o fato de a Susam não ter convidado os pacientes ostomizados para a reunião na última sexta-feira. Ele ainda lembrou o fato de que, na audiência realizada em agosto de 2018, a Prefeitura de Manaus enviou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, que se dispôs a abrir as Unidades Básicas de Saúde para atenderem esses pacientes.

“Essas pessoas não conseguem mais sair de casa. Não vão ao cinema, não vão mais à igreja, porque tem medo. A bolsa estoura, e o que sai dali são fezes. É preciso que nós nos unamos em favor desses pacientes, que tanto precisam de atenção”, completou.

Histórico

O problema das bolsas de colostomia tem sido discutido diuturnamente desde 2018 por Fred Mota, que se tornou defensor da classe dos ostomizados. Na última reunião com a Susam, na sexta-feira, estiveram presentes o presidente da Associação dos Ostomizados do Estado do Amazonas (Aoeam), Mauro Coelho; o defensor público Arlindo Gonçalves, que acompanha o caso; o médico Júlio Mário de Melo, superintendente do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV); e o presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), João Alves.

 

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