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Policial militar foi morto em invasão liderada pelo narcotraficante João Branco

Marcos Neves Serra, 19 anos, foi apresentado na manhã desta quinta-feira (01), durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral (DG), Avenida Pedro Teixeira, Dom Pedro, zona Oeste da capital. Marcos é acusado de participação direta na morte do policial militar, Paulo Sérgio da Silva Portilho, que foi encontrado enterrado em uma cova de quase dois metros de profundidade, por um cão farejador na invasão Vovó Maroca, Buritizal Verde, bairro Nova Cidade, zona Norte. A alta cúpula da Segurança Pública do Amazonas está emprenhada em elucidar o caso.

De acordo com o delegado Guilherme Torres Ferreira, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), o local onde o soldado foi executado é dominado pelo tráfico e o comendo na região é do narcotraficante João Pinto Carioca, “João Branco”, um dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN). “Encontramos áreas que não fazem parte do Plano Diretor da Prefeitura (Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus) e apontamos que João Branco, responsável por um grupo criminoso da região, é quem está na liderança do Buritizal. Algumas investigações feitas por equipes da DRCO no local, apontou que pessoas já foram expulsas pelo não pagamento de contas aos “líderes”, explicou o delegado.

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O delegado Juan Valério, da Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS) afirma que o acusado Marcos Neves Serra foi denunciado por testemunhas oculares do crime que informaram como ele agiu no dia em que o soldado desapareceu. Ainda de acordo com Juan Valério, as investigações estão em estágio avançado e todos os envolvidos devem ser apresentados nas próximas horas.

 

Em um longo depoimento, segundo o delegado Juan Valério, Marcos detalhou como o soldado Portilho foi executado e quem participou.

 

Marcos Neves Serra foi preso por volta da 17h desta quarta-feira (31), depois de se apresentar na Delegacia Geral. Ele já tinha um mandado de prisão expedido pela juíza Themis Catunda de Souza, pelo crime de roubo em uma escola pública. A delegacia de Homicídio já pediu também prisão preventiva do acusado. Sou o corpo do solado Portilho, segundo Juan Valério, ele não estava de cabeça para baixo, nem em pé, como se especulou e sim deitado. Além disso, a lista de acusados de participação no crime aumentou.

 

De acordo com as investigações, o soldado Paulo Sérgio da Silva Portilho foi atacado por várias pessoas e recebeu vários tipos de golpes que só depois do laudo do Instituto Médio Legal (IML) vai ser possível saber a quantidade aproximada do número de agressões. Agora os alvos polícia são Fábio Barbosa de Souza, conhecido como “Índio” e outro suspeito identificado apenas como “Tá Bandido”, que também teriam comandado o ataque.  Sobre o incêndio que destruiu 14 casas na invasão, o delegado geral adjunto, Ivo Martins, afirma que já há suspeitos.

Marcos Neves Serra foi indiciado por roubo e homicídio e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculina.

 

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