As áreas embargadas pelo Ipaam representam propriedades que foram identificadas com queimadas ou desmatamentos não autorizados (FOTOS: Pelegrine Neto / SSP-AM)

Mais de dois mil hectares foram embargados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) no primeiro mês da operação “Tamoiotatá”, nos municípios de Apuí e Humaitá, no sul do estado. Ao todo, os autos de infração somaram R$ 10,4 milhões. A operação do governo do Estado contou com apoio estratégico e tático dos órgãos do sistema de segurança pública.

Durante as ações focadas no combate ao desmatamento e às queimadas, foram apreendidos 443,20 metros cúbicos de madeira, sendo 266,72 em toras e 176,48 serradas. De acordo com o capitão do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), Victor Vasconcelos, além da fiscalização, os policiais trabalham para garantir a segurança das vistorias.

“Trabalhamos na parte de segurança da equipe e fiscalizando os pontos que já foram passados anteriormente, para verificar in loco se realmente teve a derrubada das árvores e desmatamento, buscando coibir os crimes ambientais. Além disso, atuamos na apreensão de madeira ilegal”, salientou.

(FOTOS: Pelegrine Neto / SSP-AM)

As áreas embargadas pelo Ipaam representam propriedades que foram identificadas com queimadas ou desmatamentos não autorizados. Em 30 dias, sete termos de apreensão foram realizados e 15 pontos fiscalizados.

Duas bases similares ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) foram instaladas em áreas estratégicas no sul do Amazonas. O fiscal do Ipaam, Paladino de Jesus, explica que na operação são utilizados recursos de tecnologia como o uso de imagens de satélite em alta resolução.

“Nós utilizamos o sistema Avenza Maps. É um sistema de navegação onde é colocado determinado ponto de desmatamento e ele nos leva até o local. A partir disso, vamos localizar o responsável da área, o tamanho do local e responsabilizar o infrator”, afirma.

A ação reúne a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Ipaam, além do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.

Combate aos crimes ambientais

A operação “Tamoiotatá” é resultado de uma avaliação dos resultados obtidos na Operação “Curuquetê 2”, que atuou contra crimes ambientais no sul do Amazonas, de junho a novembro de 2020. Uma novidade deste ano é que as equipes contam com duas bases paralelas de atuação, uma no município de Apuí e outra em Humaitá, a fim de ampliar a presença do Estado na região.

Considerando o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), lançado em junho de 2020, será almejada para a presente Operação a meta de redução de 5% nas taxas de desmatamento e queimadas, no comparativo com o ano anterior.