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O Rio Negro mudou de cor

Ao sobrevoar a cidade de Manaus, ontem, observei  os estragos causados pela vazante deste ano. O gigante Rio Negro ficou bem estreito, com uma estranhíssima cor acinzentada. O canal do Tarumã, onde ficam as marinas e por onde desfilam as lanchas e iates nos fins de semana, virou um filete de água barrenta, deixando inúmeras comunidades vizinhas isoladas.

O Rio Negro continua secando. Na última semana foram 71 centímetros, o que o deixa cerca de 15 metros abaixo da cheia histórica do ano passado. A previsão é que continue secando até o dia 2 de novembro.

O Solimões tem a pior vazante de todos os tempos, com vários bancos de areia, o que dificulta a navegação. O Serviço Geológico do Brasil divulgou boletim, ontem, informando que a Estação de Monitoramento Hidrológico em Tabatinga mediu um nível 86 centímetros abaixo dos registros de 2005.

Outros rios (Purús, Juruá e Javarí) continuam em situação crítica. O único rio que apresenta elevação é o Madeira.

2 Comentários para “O Rio Negro mudou de cor”

  1. Jota Nogueira - de Manaus disse:

    Ronaldo, você fala em marinas, mas quem fez mudar de cor meio mundo dos meus amigos petistas foi a Marina, esta acreana danada que continua fazendo estragos e sendo uma incógnita no segundo turno!

  2. Reinaldo Amon disse:

    Olá Ronaldo!

    Li essa notícia e fiquei preocupado. Os rios são tomados como vias de acesso para o nosso interior… são as nossas estradas. Agora, se pararmos pra pensar, toda seca dificulta o acesso via fluvial para os muitos municípios de nosso estado. As grandes secas não dificultam apenas: cortam o acesso. Acho que está na hora da imprensa e da sociedade começar a pressionar o governo federal e estadual a implementar outras formas de acesso aos municípios do interior. Precisamos pensar em rodovias estaduais. Se os países desenvolvidos não querem desmatamento (e mesmo dentro do nosso país temos pessoas que defende o meio ambiente, e me incluo neste meio), que se financie ferrovias para o nosso estado e para os demais estados da amazônia. Deixar os rios como único meio de acesso é por todos os ovos numa única cesta. É prejudicial por trazer muito sofrimento para a população local, como falta de combustível, de energia, de alimentos e isolamento. Então fica o meu pedido para pressionarmos os nossos governantes a criarem outros meios de acesso aos municípios que não o fluvial (limitado pelas secas) e o aéreo (caro demais na nossa região).

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