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O combate ao Aedes Aegypti não deve ser só do governo, mas de toda a sociedade, afirma secretário da Saúde

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Potencial vítima de uma ameaça de epidemia, por conta da presença do mosquito, o morador da capital do Estado precisa ficar atento para identificar sintomas, em caso de ser picado pelo Aedes Aegypti, causador da Dengue, da Febre Chikungunya e do Zica vírus. Nesta quarta-feira (16), em entrevista à Rede Tiradentes, o secretário estadual da Saúde, médico Pedro Elias, alertou que o Zica vírus não apresenta sintomas.

“Pode nem apresentar sintoma, porque realmente é muito leve. Ela pode evoluir assintomática. Via de regra, é uma prostração leve, uma mancha avermelhada na pele e algum prurido. Isso dura muito pouco! Diferente da Dengue, que pode evoluir para Dengue Hemorrágica e pode até matar, e diferente da Chicungunya, que tende a cronificar.    Demora muito mais o sintoma!”

De acordo com Pedro Elias, a face mais preocupante do Zica vírus é o risco da microcefalia. “O que preocupa, em relação à Zica é essa comprovação científica já feita pelo Ministério da Saúde, de que em grávidas ela pode trazer essa malformação congênita,  e isso está aumentando muito! Desde abril pra cá, a última informação que temos de ontem, do Ministério da Saúde, já ultrapassa 2 mil casos de microcefalia! E ainda é muito restrita ao nordeste do Brasil! o que causa alguma estranheza, também!”

Apesar do grande número de casos de microcefalia decorrentes do Zica vírus, principalmente no nordeste do país, o secretário Pedro Elias afirma que a doença ainda está sob controle. “Não acredito que tenhamos perdido o controle, até aqui. Só que nos realmente nós estamos diante de uma situação completamente inusitada no mundo. Estamos aprendendo com a evolução da doença. Estou falando de microcefalia relacionada à Zica. Os pesquisados brasileiros já procuraram – a gente tem discutido muito isso, no Conselho Nacional de Secretários da Saúde – não há relação similar no planeta! Na Polinésia francesa, houve, em 2013, uma epidemia de Zica vírus, mas não se conseguiu relacionar casos de microcefalia com isso! Aventou-se a possibilidade de que, por lá, o aborto não é proibido. É legal. Portanto, ode ter avido e não ter sido tão notificado, assim! Mas o fato é que, com essa quantidade toda de microcefalia, não existe comparação no planeta. Como eu disse, estamos aprendendo, com a epidemia!”

Apesar de afirmar que o zica é uma doença simples, o secretário municipal da saúde, homero de miranda leão neto, pediu a ajuda da população no combate ao mosquito, mas admitiu que, ao longo das últimas décadas, houve uma certa acomodação das autoridades da saúde, por todo o país, em relação ao problema.

“Um repórter me perguntou por que o Aedes aegypti vai e vem, desde Oswaldo Cruz, desde a febre amarela, desde sempre, no Brasil. Há uma postura natural do ser humano que é a acomodação natural! A gente se acomoda com as coisas! Então, veio a Dengue, nós aprendemos a conviver com ela! Havia as formas hemorrágicas graves aqui e acolá; o número baixou, a gente faz um trabalho, a população se envolve, diminuem os casos, aí, naturalmente  se acomoda e deixam de cuidar do problema. Depois veio a Chicungunya, que ameaçou fortemente  – nós esperávamos uma epidemia muito maior, inclusive, mas não veio como vinha – foi feito uma trabalho de bloqueio em cada casa de Manaus. Cada caso de Chicungunya foi acompanhado pela nossa Vigilância Epidemiológica. E, agora, o Zica, que é uma doença simples, banal, eu diria. Você vai ter por cinco dias. Setenta por cento das pessoas sequer saberão que tiveram a doença, mas a consequência para a grávida – a microcefalia – é o nosso problema! O combate ao Aedes aegypti é fundamental. Cada um tem que ser soldado, nesse processo! Cada um tem que ser agente de controle e combate a endemias. Eu, você, todos temos que nos envolver nisso. Temos de chegar no trabalho ou em casa e procurar se tem foco. A gente tem que conviver com essa preocupação constantemente, porque essa não é uma atividade de Saúde Pública. Não é uma atividade só do governo. É uma atividade da sociedade!”

O combate mais efetivo ao mosquito mais perigoso dos últimos tempos começa de forma mais efetiva, no próximo sábado, no dia ‘d’ de combate ao Aedes aegypti, quando as autoridades da saúde pretendem envolver a população na guerra, mas principalmente na revenção à presença do mosquito principalmente nos bairros da periferia da capital.//

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