Na véspera de 2022, ato de Bolsonaro ataca empresas do Polo de Concentrados da ZFM

Um decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), de 30 de dezembro de 2021, quebra acordo com o Amazonas e ataca gravemente o polo de concentrados de bebidas do Polo Industrial de Manaus (PIM), onde estão instaladas duas grandes marcas, Coca-Cola e Ambev, que empregam diretamente 4.571 pessoas. A informação foi publicada pelo site BNC.Além da capital, o polo de bebidas do PIM também gera empregos em Maués (AM), onde compra todo o guaraná produzido, Presidente Figueiredo, onde é produzida e comprada cana-de-açúcar, e compra o açaí que é produzido em vários municípios do Interior do Estado.De acordo com o BNC, o Decreto Nº 10.923/2021, publicado no dia 31 de dezembro, revogou o Decreto nº 10.532, de 26 de outubro de 2020, que fixava alíquota de 8% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor, um percentual que representava vantagem para empresas instaladas em Manaus frente às concorrentes do restante do país.Com a decisão de Bolsonaro, a partir de agora, a alíquota passa a vigorar, com crédito de 4%, um potencial convite para que as empresas do setor não deixem apenas Manaus, mas saiam do Brasil, alerta o BNC.

O mesmo já aconteceu com a Pepsi, quando, de forma escalonada, o governo federal começou a reduzir o percentual do IPI, antes era de 20%.

Bolsonaro e a bancada federal do Amazonas tinham firmado um acordo como o Amazonas pela manutenção dos incentivos. O assunto chegou a ser tratado no Congresso Nacional.

Para o deputado federal Marcelo Ramos (sem partido), vice-presidente da Câmara, o decreto presidencial foi um péssimo recado para o mercado e para os investidores e transmite insegurança e instabilidade no modelo, criadas desde a eleição do presidente e nomeação de Paulo Guedes para o Ministério da Economia.

Na véspera de 2022, ato de Bolsonaro ataca empresas do Polo de Concentrados da ZFM

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