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Ministro da Saúde diz que há “dificuldade” para aplicação da segunda dose da CoronaVac

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu, nessa segunda-feira (26), “dificuldade” no fornecimento de vacinas para a segunda dose da CoronaVac. O ministro participou de uma sessão da comissão do Senado que discute medidas de combate à Covid-19.

Nas últimas semanas, por volta de doses para a segunda aplicação, municípios de vários estados limitaram ou suspenderam a imunização.

Queiroga admitiu “certa preocupação”, já que a segunda dose da CoronaVac, “tem sido um pedido de governadores, de prefeitos”, e falou de “retardo de insumo vindo da China para o Butantan.”

Ainda durante a sessão, o ministro da Saúde afirmou que o número de motes em 2021 mostra a “gravidade” da doença no Brasil.

Até esse domingo (25), segundo o consórcio de veículos de imprensa, o país registrou 390. 925 mortes.

Queiroga voltou a defender medidas recomendadas por especialistas como forma de prevenção.

O ministro disse, ainda, que a inclusão de determinados grupos por decisão de estados e municípios no programa de vacinação contra a covid-19 tem atrapalhado o Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Se nós respeitássemos o Programa Nacional de Imunizações conforme pactuado na [reunião] tripartite [União, estados e municípios], ele seria melhor”.

“É até um apelo que eu faço. Nós sabemos que, no afã de contribuir com a vacinação, às vezes, se pressiona para botar um grupo prioritário ou outro. Todos têm razão em querer ter a vacinação o mais rápido possível, mas, às vezes, isso atrapalha o nosso PNI. Então, fazer com que o PNI tenha as decisões pactuadas na tripartite mantidas e com que, nos municípios, nos mais de cinco mil municípios do Brasil, ele seja cumprido é um desafio para todos nós”, afirmou, durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado.

Doses distribuídas e aplicadas

Queiroga criticou a polêmica entre doses distribuídas e as efetivamente aplicadas no país. Segundo o ministro, o vacinômetro do Ministério da Saúde aponta mais de 57 milhões de doses distribuídas e cerca de 37 milhões de doses aplicadas. Sobre a diferença de 20 milhões de doses, o ministro explicou que algumas são reservadas para segunda dose e estão guardadas. Disse ainda que outras não chegaram aos municípios, porque “há um retardo, um delay de cerca de 10 dias para que essas doses, uma vez entregues, sejam distribuídas para os municípios”.

“O fato é que essa disparidade entre doses distribuídas e doses aplicadas tem gerado muita polêmica, muita polêmica em rede social, e tudo o que nós não precisamos neste momento é polêmica. Nós precisamos passar uma mensagem harmônica para a nossa sociedade”, ressaltou.

Óbitos

Sobre o Brasil já ter atingido este ano mais registro de óbitos pela covid-19 na comparação com todo o ano de 2020, o ministro da Saúde atribuiu ao fato da variante P1 do vírus, a de Manaus, ser mais contagiosa e também estar associada a uma maior letalidade. E defendeu a vacinação, aliada a outras medidas que considera fundamentais. “É claro que não é só a vacinação. Tenho, desde o primeiro dia em que assumi o cargo, reiterado a importância das chamadas medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras e o distanciamento social”, disse.

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