Piloto demonstrou apoio a manifestantes que derrubaram monumento em homenagem a Edward Colston, que fez fortuna com o mercado de escravizados; estátua datava de 1895
Por GloboEsporte.com
Manifestantes derrubam estátua de mercados de escravos — Foto: Reprodução
Lewis Hamilton demonstrou apoio a manifestantes anti-racismo que usaram cordas para derrubar e jogar no rio Avon, neste domingo, a estátua de Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra.
Colston fez sua fortuna com o comércio de escravizados da África durante o século XVII e sua estátua estava no local desde 1895. A presença do monumento vinha se tornando cada vez mais controversa nos últimos tempos.
O hexacampeão de F1 usou suas redes sociais para cobrar de governos pelo mundo a derrubada de símbolos racistas de forma pacífica.
– A estátua do mercador de escravos, Edward Colston, sendo derrubada. Nosso país homenageou um homem que vendia escravos africanos. Todas as estátuas de homens racistas que fizeram dinheiro vendendo outros seres humanos deveriam ser derrubadas. Qual a próxima? Eu desafio os governos ao redor do mundo a realizar essas mudanças e a remover pacificamente estes símbolos racistas.
Lewis Hamilton apoia manifestantes que derrubaram estátua de mercador de escravos — Foto: Reprodução
Enquanto o público presente aplaudiu e vibrou com o momento em que a estátua era derrubada e jogada na água, membros do governo, como o primeiro ministro Boris Johnson, condenaram a ação.
Homenagens a figuras da era colonial britânica e mercadores de escravos são comuns ao redor do Reino Unido. Só em Bristol, diversas ruas, escolas e bares homenagem a Colston, que foi uma figura proeminente na história da cidade, mas que tem tido seu legado questionado pelas novas gerações.
Após a derrubada da estátua, um abaixo assinado foi criado pedindo a troca do símbolo de Colston por uma estátua de Paul Stephenson, que foi responsável por campanhas de igualdade em Bristol nos anos de 1960.
Lewis Hamilton se tornou porta-voz dos manifestos por George Floyd desde que o homem negro foi asfixiado brutalmente nos Estados Unidos. De lá para cá, ele já insinuou que a Fórmula 1 era racista, questionou o silêncio e posteriormente ganhou o apoio dos colegas.