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Grupo de trabalho discute propostas para melhoria do ambiente de negócios em Manaus

Durante reunião de câmara técnica do Codese Manaus, empresário Romero Reis apresentou projeto piloto que será implementado na comunidade agrícola Valparaíso

Propostas para a melhoria do mercado local e a geração de empregos pautaram a reunião da Câmara Técnica de Atração de Investimentos e Ambiente de Negócios (Caian) do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (Codese Manaus), realizada nesta quarta-feira (18), na sede do Sebrae. O encontro contou com a participação de membros da associação, parceiros e representantes da iniciativa pública e privada, como a Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social (AADES) e a Câmara de Comércio e Indústria do Amazonas (Caciam).

O coordenador da Caian, empresário Romero Reis, presidiu a reunião e ressaltou a importância da iniciativa. “Esse grupo de trabalho tem por finalidade ajudar a pensar e implementar ações que melhorem o ambiente de negócios em Manaus, favorecendo o empreendedorismo e facilitando a vida do cidadão e do empresário que queira investir na cidade. É um objetivo audacioso para nós, mas se não começarmos esse processo a gente nunca vai melhorar”, destacou ele, que também é vice-presidente do Codese Manaus.

Reis considera que a reunião desta quarta-feira foi a mais produtiva desde a criação da Caian. “Tivemos a apresentação de temas e projetos extremamente importantes. A Caian agora precisa identificar os gargalos e entraves existentes de modo a permitir que as mudanças sejam implementadas. Isso é vital para nós, e o benefício para todo o estado será impressionante se conseguirmos alcançar esse objetivo”.

Durante o encontro, Romero Reis também apresentou um projeto piloto para a comunidade agrícola do Valparaíso, localizada na Zona Leste de Manaus, que produz boa parte das hortaliças consumidas na capital. Uma comitiva do Codese Manaus visitou o local no início de setembro e levantou informações para embasar propostas de melhoria da produtividade e renda das famílias que tiram o sustento da terra.

“Até o fim de outubro queremos fazer um diagnóstico completo da situação desses produtores agrícolas urbanos para implementar ações que levem à melhoria do trabalho e da qualidade de vida das pessoas que moram lá, incluindo assistência técnica, compra de insumos, regulação de preços e regularização fundiária”, explicou Reis. Segundo ele, a Caian buscará parcerias tanto com a iniciativa pública quanto privada para a execução do plano de trabalho, que deve ser elaborado e apresentado à comunidade e às lideranças do Valparaíso até a segunda quinzena de dezembro.

 

Ativos Ambientais

Dentre outros assuntos abordados na reunião, o presidente Câmara de Comércio e Indústria do Amazonas, Fernando Valente, levantou a discussão sobre a necessidade de melhorar os indicadores de logística, capital humano, segurança pública e credibilidade como uma medida para atrair mais investimentos para Manaus.

“A cidade tem um grande desafio quanto a trazer insumos para cá e tirar produtos acabados, mas também não podemos fechar os olhos paras as oportunidades que a nossa posição geográfica traz. Nós somos um dos estados que estão mais próximos do grande centro consumidor, que é o hemisfério norte”, pontuou.

Valente defendeu ainda que o Amazonas agencie melhor os seus ativos ambientais no âmbito internacional. “A legislação brasileira diz que apenas 20% do bioma amazônico pode ser explorado, e apesar de estarmos longe de alcançar esse número, essa é uma renúncia que a gente tem feito de maneira cultural e desprovida de qualquer contrapartida. O que o mundo mais precisa hoje é compensar poluição. Precisamos monetizar o estoque biogenético da Amazônia, pois temos hoje a maior reserva de ativos desse tipo”.

 

Varas Empresariais 

Coordenador da sub-câmara de legislação da Caian, o advogado Frederico Paiva atualizou os membros do Codese Manaus sobre o projeto para conversão de duas varas cíveis da justiça amazonense em varas empresariais. De acordo com ele, a mudança traria mais agilidade aos processos, melhorando o ambiente de negócios.

“O projeto foi entregue à presidência do Tribunal de Justiça, que tem dito que não há recursos para atender a essa demanda. Acontece que a nossa proposta, assinada pelo Codese e por entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), não geraria custo adicional, porque as varas já existem, elas seriam apenas convertidas para tratar de matéria específica”, justificou Paiva, que irá pleitear nova reunião com a presidência do TJ-AM.

 

Câmara de Comércio

Outro tema relevante discutido durante o encontro da Caian foi a proposta de criação da Amazonas Chamber of Commerce (ACC), projeto elaborado pelo consultor empresarial Márcio Gonçalves. A ideia é que a nova Câmara de Comércio seja uma subdivisão do Codese Manaus e funcione como catalizadora de investimentos para a capital e para o estado, promovendo relações de negócios entre empresas locais e estrangeiras.

“O projeto é inspirado na Câmara de Comércio de Albuquerque, no Novo México (EUA), um modelo fantástico porque atua como uma organização social privada. Por meio dela, poderemos trabalhar como agentes facilitadores de negócios governamentais, empresariais e regionais, favorecendo um ambiente acolhedor e dinâmico para os negócios”, explicou Gonçalves.

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