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G1: variante brasileira da Covid identificada em Manaus já atinge 64% dos infectados em SP, aponta Prefeitura

A variante brasileira da Covid-19, conhecida como P1, atinge 64% dos infectados da capital paulista. A conclusão é de um estudo realizado pela Prefeitura de São Paulo e pela Universidade de São Paulo (USP) divulgado nesta sexta-feira (26). A informação é do site G1.

O levantamento, segundo a publicação, foi feito em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da USP, após testes PCR coletados no início de março, para identificar em 73 amostras quais apresentavam variantes.

Dessas, 52 continham as variantes – 64,4% pertence ao grupo P1, que teve o primeiro caso confirmado em Manaus, e cerca de 6,8% pertence a variante do Reino Unido.

Desse modo, mais de 78% do vírus que circulam na capital são das duas variantes.

“Por isso as características particulares que a pandemia apresenta nesse momento – pessoas mais jovens sendo infectadas – a pirâmide de casos aumentando entre pessoas de 20 e 54 anos, o agravamento no quinto e no sexto dia de contato com a doença, 35% das pessoas que vão para UTI com essas variantes vêm a óbito”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

De acordo com o secretário, a variante P1 aparece principalmente em pacientes mais jovens.

“Na população de 20 a 54 anos é onde hoje se concentram o maior número de casos confirmados de Covid-19. É exatamente uma característica acentuada dessas novas variantes. São esses os pacientes que em número cada vez mais acentuado que procuram o sistema de saúde quase sempre em estágio avançado.”

O secretário Edson Aparecido disse que em função desse estudo, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu fazer alterações no protocolo de tratamento na atenção básica do município.

Novo protocolo

A Prefeitura de São Paulo também anunciou nesta sexta um novo protocolo de manejo clínico dos pacientes com Covid-19 na cidade.

De acordo com Sandra Maria Fonseca Sabino, secretária executiva de Atenção Básica, Especialidade e Vigilância, o protocolo foi modificado devido as características da variante P1.

“Os pacientes avançam com a patologia sem sintomas até estar gravemente e clinicamente doente, assim quando ele apresenta os sintomas, é rapidamente internado e por vezes intubado, precisando de um leito de UTI. É por isso que eu apelo a toda a população para que, aos primeiros sintomas, principalmente os pacientes jovens, que valorizem esses primeiros sintomas e procurem a UBS para o monitoramento.”

Os primeiros passos são:

  1. A equipe da Prefeitura deve notificar no E-SUS os casos de pacientes com sintomas. Os exames devem ser solicitados no 3º dia de sintomas e deve ocorrer o monitoramento diário do paciente por telefone até o 14º dia.
  2. O paciente deve retornar à UBS no 6º dia de sintomas (ou antes, se houver piora) e repetir os exames. Se o paciente for grupo de risco e/ou tiver comorbidades, os exames devem ser repetidos no 10º dia também.
  3. Caso o paciente não tenha retornado, a equipe da Prefeitura deve fazer uma visita domiciliar ou entrar em contato telefônico.

Aos pacientes que retornarem, as próximas etapas são:

  1. Caso o paciente retorne com piora no quadro, e for do grupo de risco e/ou comorbidade, ele deve ser encaminhado para a Rede de Urgência e Emergência da Região.
  2. Caso o paciente retorne com piora no quadro, mas não seja do grupo de risco, dependendo da saturação que apresentar, ele deve receber um oxímero para acompanhar a saturação diariamente até ter alta, ou retornar à USB para avaliação aos finais de semana ou durante a semana no período da noite.
  3. Caso o paciente retorne quadro estável e mantiver bons exames, deve ser receitado a ele a medicação e deve ser feito o acompanhamento por teleconsulta todos os dias, até a alta no 14º dia.

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