– Eu gosto de brincar e também quero ser jogador quando foi maior. Eu gosto de brincar. Mas jogo também futevôlei – disse Enzo, em entrevista ao GloboEsporte.com.

No futevôlei, aliás, Enzo não fica devendo muita coisa (assista ao que ele fez, na companhia do pai, no vídeo abaixo). Mas é no campo em que ele tem brilhado. Em junho passado, foi campeão com o Benjamín A (como é chamada a categoria sub-10 dos merengues), com direito a um golaço durante a campanha. Ele deu dois balões nos adversários antes de mandar para o fundo das redes (assista acima a esse e a outros lances).

Diferente do pai, Enzo joga de atacante. Criado em Madri, ele fala português fluente. Mas, caso realmente leve a carreira de jogador adiante, ele não arrisca dizer se defenderia Brasil ou Espanha.

– Mais ou menos (se já pensou qual país se identifica mais). Eu também queria jogar no Brasil, mas ainda falta muito – disse Enzo, nascido em setembro de 2009.

Questionado sobre os cinco jogadores nos quais mais se inspira, ele não esconde a admiração pelos merengues e cita Benzema, Modric, Hazard, Mbappé e Cristiano Ronaldo – três integrantes do elenco do Real, um velho ídolo e, quem sabe, um futuro reforço do clube. Foi dentro do vestiário do Real, aliás, que Enzo viu um vídeo seu rodar o mundo no ano passado. Ideia de Casemiro, ele explica.

– Eu comecei a fazer cabeçada com meu pai. Depois, veio o Casemiro dizer que daria para fazer muito mais. Começamos a brincar, e o Casemiro inventou de fazer no vestiário até colocar na cesta de roupa. Todos sentaram em fila e demorou um pouquinho – disse Enzo, que completa.

“Não foi na primeira tentativa. Eles (jogadores do Real) falaram que não sairiam até conseguir”.

Além do fato de jogar como atacante, o camisa 12 do Benjamín A tem outras particularidades em relação ao pai. Afinal, deu os primeiros passos no campo, enquanto Marcelo saiu do futsal. Mas o lateral-esquerdo do Real Madrid vê o filho com boas condições de superá-lo.

“Com certeza, quando tiver 17, 18, vai ser mais craque, mais brabo. Eu não era do campo. O que ele ele faz no campo eu não conseguia fazer”, disse Marcelo.

– Eu com nove anos jogava futsal. Fazia algumas coisas e tal, mas no futebol de campo acredito que ele tem uma cabeça totalmente diferente da minha com nove anos. Acho que ele está na frente. Como está novo ainda, o que ele faz agora é só por diversão. Ele joga bola porque ele gosta e quer ser feliz. A prioridade dele é estudar, óbvio, mas daqui a três anos vamos ver.

Marcelo, por fim, falou que o herdeiro já está abusado quando eles brincam com a bola. Mas nada de dar moleza.

– Não dou mole, mas agora está mais difícil. Quer me dar caneta. Um monte de coisa. Eu deixo. Eu chego junto também. Não posso dar mole.