Em meio a um momento de crise no governo do Amazonas, que começa a semana com uma ameaça de greve geral dos servidores públicos estaduais, irritados com a aprovação do pacote de contenção de despesas que congela reajustes de salários até 2021, o governador Wilson Lima, deve acumular mais uma preocupação, esta semana: aumentou a pressão sobre o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) para julgar o processo de compra de votos que pede a cassação de Lima e o crescimento de uma campanha, por meio das redes sociais, pelo impeachment dele.
A semana, apontam os analistas, deve ser decisiva para o governador, já que, pela primeira vez na história do Estado, todas as lideranças do funcionalismo se unem contra as decisões de um gestor estadual.
Apesar das justificativas do governo de que as medidas foram necessárias para evitar colapso financeiro e fiscal do Estado, conter o impacto nas contas principalmente no final do ano, e da explicação que os aumentos concedidos permanecem valendo, os servidores ameaçam, para o próximo sábado (20), a realização de uma assembleia unificada para decidir pela paralisação, contra o que já estão chamando de “pacote de maldades.”
No TRE-AM, a equipe jurídica de Amazoino cobra à Polícia Federal a perícia no celular do ex-prefeito de Nhamundá, Mário Paulain, que pode esclarecer parte das investigações sobre a compra de votos e que está parada há pelo menos seis meses.
A aprovação do pacote de contenção de despesas pela Assembléia Legislativa do Estado (Aleam) e a consequente insatisfação dos servidores acontece no momento em que vaza uma pesquisa eleitoral para a Prefeitura de Manaus que aponta o ex-governador e ex-prefeito Amazonino Mendes em primeiro lugar na intenção de votos do eleitor de Manaus para prefeito da capital. Na pesquisa, Amazonino aparece à frente inclusive do até então melhor colocado, o ex-deputado e também ex-governador David Almeida.
Confira os números vazados e publicados no Facebook:
