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Divisão de torcidas, evacuação e setor sem cadeiras: arquiteto cita detalhes de segurança do projeto do estádio do Atlético-MG

Por GloboEsporte.com — Belo Horizonte

Divisão de torcidas, evacuação e setor sem cadeiras: arquiteto cita detalhes de segurança do projeto do estádio do Atlético-MGDivisão de torcidas, evacuação e setor sem cadeiras: arquiteto cita detalhes de segurança do projeto do estádio do Atlético-MG

GloboEsporte.com

O projeto do novo estádio do Atlético-MG já teve mais de 30 versões até chegar ao modelo atual. A Arena MRV, que terá capacidade para 46 mil torcedores, deve começar a ser construída ainda neste mês, com previsão de inauguração para o segundo semestre de 2022. No último sábado, o arquiteto Bernardo Farkasvölgyi participou da live da TV Galo, canal oficial do clube, e deu detalhes de segurança do projeto da nova casa atleticana.

Bernardo dividiu as explicações mais relevantes sobre segurança em três pontos: chegada das torcidas (local e visitante); separação das torcidas (dentro do estádio) e evacuação do estádio (em caso de emergência).

– Tem que ter uma participação muito legal do Corpo de Bombeiros e da Tropa de Choque da Polícia Militar. A gente fez várias reuniões com ambos. Fundamental a presença das duas instituições pra elaboração do projeto – disse o arquiteto.

Como as torcidas chegam

– A torcida do Atlético chega pela Via Expressa, que é o acesso principal, e chega também pela rua lateral, da esquerda, uma rua mais larga. E a rua de fogo vai ser na Rua Walfrido Mendes, à direita. Ou seja, se eu pegar a frente da Via Expressa e abraçar, como se fosse um “U”, seria todo o acesso da torcida do Atlético. Já a torcida adversária vai entrar no sentido oposto à Via Expressa. Será uma entrada exclusiva para os torcedores adversários. A parte de bilheteria também vai ser nessa mesma parte, e até a questão de como os ônibus e a torcida (visitante) vão chegar foi estudada em parceria com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Já há o projeto de como acessar a arena e essa divisão.

Torcidas de Cruzeiro e Atlético-MG separadas no Mineirão — Foto: Pedro Souza / Atlético-MGTorcidas de Cruzeiro e Atlético-MG separadas no Mineirão — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG

Torcidas de Cruzeiro e Atlético-MG separadas no Mineirão — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG

– A gente tem separações, por exemplo, num dia de Atlético e Cruzeiro. Não sei se o Cruzeiro vai chegar com 10% dos torcedores, mas vamos imaginar que possa chegar. São 4.600 torcedores. A gente tem uma separação de 200 metros na Rua Walfrido Mendes e outra separação de 200 metros na rua acima, de modo que as torcidas não se encontrem de forma alguma. A mesma coisa com o transporte público. O torcedor do Atlético virá pela estação Eldorado (de metrô), e o torcedor do Cruzeiro virá pela BR-040. Isso é fundamental. A própria rua de fogo também está totalmente isolada, só pro torcedor do Atlético. Isso é fundamental pra que a gente consiga, em um clássico, por exemplo, com emoções mais alteradas, que a gente não tenha nenhum tipo de sinistro – completou Bernardo.

Separação de torcidas

– Não dá pra não fazer com espaço físico. Hoje a gente tem uma separação física entre as torcidas. Seria em torno de 880 cadeiras. Isso foi discutido longamente com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, para chegarmos a um entendimento que seria suficiente essa separação.

Evacuação do estádio

“Hoje, a gente tem a convicção que, se tiver algum sinistro, o estádio vai ser evacuado inteirinho em oito minutos. Em oito minutos a torcida inteira sai da Arena” – Bernardo Farkasvölgyi.

Bernardo Farkasvolgyi, arquiteto responsável pelo projeto do estádio do Atlético-MG — Foto: Rodrigo FonsecaBernardo Farkasvolgyi, arquiteto responsável pelo projeto do estádio do Atlético-MG — Foto: Rodrigo Fonseca

Bernardo Farkasvolgyi, arquiteto responsável pelo projeto do estádio do Atlético-MG — Foto: Rodrigo Fonseca

Setor sem cadeiras?

Desde as primeiras versões do projeto, a Arena MRV prevê a possibilidade de ter um setor do estádio sem cadeiras. A ideia é que seja um setor mais popular, com ingressos mais baratos e dedicado a receber as torcidas organizadas. Bernardo Farkasvölgyi explica, porém, que isso é, atualmente, proibido pelas autoridades. Não significa que é uma hipótese descartada.

– Essa arena foi projetada também pro torcedor raiz. O torcedor que tem pouco poder aquisitivo vai estar na Arena MRV. A ideia é que o setor norte da arquibancada inferior não tenha cadeiras. Exatamente para trazer esse público e as torcidas organizadas. Hoje, estamos em discussão com o Corpo de Bombeiros, porque a norma de Minas Gerais, do Corpo de Bombeiros, não aceita, não admite (setor sem cadeiras). Mas não fechamos a porta. Estamos conversando com o Corpo de Bombeiros para buscar soluções técnicas e com segurança para que aquele setor fique sem cadeiras.

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