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DEU NA ISTO É: LULA RECEBEU PROPINA EM DINHEIRO VIVO

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EXCLUSIVO: REVISTA ISTO É

Por: Débora Bergamasco, Sérgio Pardellas e Mário Simas Filho

Em delação premiada, Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao ex-presidente Lula em espécie. Recursos faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões destinados ao petista pela empreiteira

Nos últimos meses, o ex-presidente Lula foi emparedado pela Lava Jato. Virou réu três vezes por práticas nada republicanas: obs- trução de Justiça, ocultação de patrimônio — ao omitir um tríplex no Guarujá —, lava- gem de dinheiro, corrupção passiva, organi- zação criminosa e tráfico de influência no BNDES, em razão do esquema envolvendo a contratação de seu sobrinho Taiguara

Rodrigues dos Santos. Ou seja, já há uma fartura de provas contra o petista, ao contrário do que costuma alardear sua defesa. Nada, no entanto, pode ser mais categórico e definitivo como conceito de corrupção, na acepção da palavra, do que o recebimento de pagamentos de propina em dinheiro vivo. Por isso, o que ISTOÉ revela agora acrescenta um ingrediente potencialmente devas- tador para o ex-presidente.

Eles também acusam lula:

Ricardo Pessoa:

O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse em delação premiada que o consórcio Quip, do qual a sua empresa fazia parte, deu R$ 2,4 milhões de caixa dois para a campanha da reeleição de Lula em 2006. O empresário disse que se encontrou sete vezes com Lula durante o pleito

Emílio Odebrecht:

O presidente do conselho de administração da Odebrecht, Emílio Odebrecht afirmou em delação premiada que o estádio

do Corinthians, o Itaquerão, foi construído como uma espécie de presente ao ex-presidente Lula, torcedor fanático do clube paulista.

Brasil/Capa

Recursos repassados a lula teriam vindo do setor de operações estruturadas da odebrecht, o chamado departamento da propina

Num dos 300 anexos da delação da Odebrecht, conside- rada a mais robusta colaboração premiada do mundo, o herdeiro e ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, diz ter entregue a Lula dinheiro em espécie. Nunca uma figura pública que chegou a ocupar a presidência da República demonstrou tanta intimidade com a corrupção. Os repasses foram efetuados, em sua maioria, quando Lula não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre 2012 e 2013. Foram milhões de reais originários do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o já conhecido de- partamento da propina da empresa. Segundo já revelado pela Polícia Federal, aproximadamente R$ 8 milhões foram trans- feridos ao petista. Conforme apurou ISTOÉ junto a fontes que tiveram acesso à delação, o dinheiro repassado a Lula em espécie derivou desse montante.

Os pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que in- vestigadores costumam classificar de “método clássico” da prática corrupta. Em geral, é uma maneira de evitar registros de entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro ilegal. E Lula, como se nota, nunca se recusou a participar dessas operações nada ortodoxas. O depoimento agora revelado por ISTOÉ é a prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie, talvez acreditando piamente na impunidade. Se os repasses representavam meras contrapartidas a “palestras”, como a defesa do ex- presidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se havia lastro e sustentação legal, por que os pagamentos em dinheiro vivo?

Na Odebrecht, as entregas de recursos a Lula sempre foram tratadas sob o mais absoluto sigilo. Não por acaso, segundo apurou ISTOÉ, logo que Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, a empreiteira presidida por ele, naquele momento vulnerável a buscas e apreensões da Polícia Federal, acionou um esquema interno de emergência chamado de Operação Panamá. Consistia em promover uma varredura nos computadores, identificar os arquivos mais sensíveis e enviá-los para a filial da empresa no país caribenho. O obje- tivo não era outro, senão desaparecer com digitais e quaisquer informações capazes de comprovar transferências de recursos financeiros da Odebrecht ao ex-presidente Lula. Àquela al- tura, a empreiteira ainda resistia a entregar o petista, topo da hierarquia do esquema do Petrolão. Mudou de planos pre- mida pelo instinto de sobrevivência.

a maior delaÇÃo do mundo

R$ 6 bilhões é o valor total previsto de multa no acordo de leniência negociado pela empresa com o Brasil, Estados Unidos e a Suíça

50 executivos fazem delação e mais 32 são incluídos como colaboradores

300 anexos envolvendo políticos dos mais diversos partidos

50 advogados negociam os últimos detalhes para a assinatura, ainda neste mês, dos acordos de colaboração, que depois serão enviados ao Supremo Tribunal Federal para homologação

Alexandrino Alencar:

Em seu depoimento, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar revelou que a empresa participou da reforma do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, que pertenceria ao ex-presidente Lula. Ele contou também detalhes das viagens que fez com Lula a bordo de jatinhos da empreiteira.

o ex-presidente recebeu a maior parte do dinheiro entre 2012 e 2013. Nada mais definitivo como conceito de corrupção do que o recebimento de pagamentos em espécie

j

Investigadores da Lava Jato vão querer saber, num próxi- mo momento da investigação, se os repasses em dinheiro vivo ao ex-presidente guardam conexão com a operação desencadeada na última semana pela PF, sob o epíteto de Dragão. Na quinta-feira 10, foram presos os operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, cujo papel era justamente oferecer dinheiro em espécie para o sistema de corrupção. Pelo esquema, as empreiteiras contratavam serviços jamais prestados, efetuavam o pagamento a Duran e, ato contínuo, recebiam o dinheiro para pagar agentes públicos. A trama só foi desbaratado graças à colaboração de um delator da Ode- brecht: Vinícius Veiga Borin. Ele contou à PF e procuradores como funcionava a engrenagem da lavagem de dinheiro criada pelas empreiteiras: as contas no exterior sob a batuta de Marcos Grillo, outro executivo da Odebrecht, alimentavam o Departamento de Propina da empreiteira. Quando havia necessidade de entregar valores em espécie no Brasil, eles recorriam a offshores, controladas por Duran. A Lava Jato suspeita que o dinheiro repassado a Lula possa ter integrado esse esquema.

Além de Marcelo Odebrecht, no corpo da delação da em- preiteira Lula é citado por Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, ex-executivo da empresa, e o diretor de América Latina e Angola, Luiz Antônio Mameri. Faz parte do pacote de depoimentos relatos sobre uma troca de mensagens ele- trônicas entre Mameri e Marcelo Odebrecht. Nessas conver- sas fica clara a participação de Lula para a aprovação de projetos da empreiteira no BNDES. Em seu depoimento, o diretor confirmou as mensagens e disse que as influências de Lula e do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, hoje preso, foram decisivas para a aprovação de projetos definidos exatamente como foram concebidos nas salas da Odebrecht,

100

parlamentares deverão ser delatados pelo esquema de propinas na Petrobras

20

governadores e ex-governadores deverão ser denunciados

a partir das revelações dos executivos da Odebrecht

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Brasil/Capa

sem que fossem submetidos a nenhum tipo de checagem. Mameri citou obras em Angola e Cuba.

Nos últimos dias, a Procuradoria-Geral da República iniciou o estágio da validação dos depoimentos, em que os 50 dela- tores e 32 colaboradores lenientes da Odebrecht passaram a ler e confirmar o que já escreveram. Tudo será gravado. A checagem de informações pode durar até o final deste mês, uma vez que nem todos os executivos foram informados sobre a data do encontro com os procuradores.

O alCanCe da delaÇÃO

No total, a empreiteira vai reconhecer que pagou algo em torno de R$ 7 bilhões em propinas no Brasil e no exterior. Marcelo Odebrecht, presidente da maior construtora do País, com 200 mil funcionários e um faturamento anual de R$ 135 bilhões, só decidiu fazer delação premiada depois de março desde ano, após ter sido condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de di- nheiro e associação criminosa. Aos 48 anos, Marcelo se deu conta de que poderia envelhecer na cadeia. Como o emprei- teiro ainda é réu em várias outras ações, seus advogados calcularam que ele poderia ser condenado a no mínimo 50 anos. Com o acordo, suas penas reduzirão a dez anos de re- clusão. Como já cumpriu 1 ano e cinco meses, ficará detido até dezembro do ano que vem. Depois, passará mais dois anos e meio em prisão domiciliar e outros cinco anos em regime semi-aberto. As outras condenações que vierem es- tarão englobadas no acerto.

As negociações se arrastaram por seis longos meses. A Procuradoria-Geral da República só concordou com a delação para efeito de abatimento de pena com a condição de que ele e os 80 executivos da empresa relatassem crimes os quais a Justiça ainda não tinha comprovado. Além da resistência inicial em implicar Lula, os executivos impuseram outro dificultador: não admitiam que os repasses eram pagamentos de propina. Queriam limitar tudo a caixa dois, mesmo diante de provas inquívocas. A questão, no entanto, foi vencida depois que

o Que Pesa contra lula

as reuniões e as negociatas de dilma

a ex-presidente é apontada como intermediária de recursos desviados da petrobras. ela é citada 18 vezes na delação da odebrecht

Já afastada do poder por irregularidades na condução da economia e suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, a ex-presidente Dilma

Rousseff vai ser envolvida diretamente em negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht. Fontes com acesso às investigações afirmam que

as denúncias:

obstrução da lava Jato

Lula é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de comandar a compra do silêncio do ex-diretor Nestor cerveró, para evitar sua delação premiada. Primeiras audiências do caso já ocorrem este mês.

Tríplex no Guarujá

Em Curitiba, Lula
se tornou réu sob acusação de corrupção em duas benesses ofertadas pela OAS:
a reforma de um tríplex reservado
ao ex-presidente
e o pagamento da armazenagem de seu acervo.

Angola

A última denúncia contra
o petista o acusa de organização criminosa, corrupção passiva e tráfico de influência. A Procuradoria do DF diz que Lula atuou para o BNDES liberar recursos para uma obra da Odebrecht em Angola, obtendo em troca a contratação de uma empresa de seu sobrinho

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ela foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2 em ao menos 18 vezes, por vários diretores da companhia. Os depoimentos mais comprometedores seriam do próprio Marcelo Odebrecht.

Marcelo detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à reeleição. É justamente em uma dessas ocasiões que Marcelo fala

Marcelo odebrecht detalhou três encontros com Dilma. Dois deles em 2014, ano da campanha à reeleição

de forma mais comprometedora sobre a ex-presidente. O empreiteiro conta que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a campanha.

A Lava Jato já investiga a suspeita de que recursos de caixa dois da Odebrecht abasteceram a campanha presidencial petista em 2014 depois de encontrar uma planilha da empresa que indicaria repasses ao marqueteiro João Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014 no valor de R$ 4 milhões. Santana foi o responsável pela propaganda da campanha petista naquele ano e também negocia um acordo de colaboração premiada.

Marcelo contou que, em um dos encontros, pediu a intervenção de Dilma na liberação de repasses do BNDES para a construção do porto de Mariel, em Cuba, feito pela Odebrecht com financiamento de mais de US$ 600 milhões do banco de fomento brasileiro. Dilma teria lhe prometido resolver o assunto em 24 horas. O porto já é alvo de investigações, como da Procuradoria do Distrito Federal, sob a suspeita de que Lula teria também atuado por meio de

tráfico de influência junto ao BNDES para liberar os recursos.

Além desse caso, Dilma já é investigada no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de tentar obstruir a Lava Jato por meio da nomeação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro. O caso tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que afirmou que o real motivo pela indicação de Navarro era um compromisso em soltar os presos da Lava Jato, principalmente os empreiteiros.

Por último, há ainda um caso na Procuradoria do DF que investiga se Dilma cometeu ato de improbidade administrativa nas pedaladas fiscais.

Enquanto responde a essas acusações, Dilma tenta retomar sua vida longe da Presidência, com a ajuda dos correligionários petistas, os únicos que têm coragem de lhe dar emprego atualmente. Na última semana, o partido aprovou sua indicação para a presidência do conselho da Fundação Perseu Abramo, ligada à sigla. O convite partiu do atual presidente do PT, Rui Falcão, que procurava algum cargo para amparar a correligionária. Nesse, pelo menos, ela não deve interferir nas finanças e há pouca margem para a Fundação Perseu Abramo partir também para as pedaladas fiscais.

frentes de investigação:

Atibaia

Força-tarefa
da Lava Jato
em Curitiba ainda conduz inquérito sobre os benefícios dados a Lula por empreiteiras no sítio de Atibaia (SP)

exterior

Além do caso de Angola, os procuradores do DF investigam se Lula também cometeu tráfico de influência para levar obras de empreiteiras brasileiras a outros quatro países: Cuba, Equador, Panamá e Venezuela. A suspeita é que a propina teria sido paga por meio da contratação de Lula, por essas empreiteiras, para dar palestras.

casa civil

Supremo investiga o petista e a ex-presidente Dilma em uma trama para obstruir a Lava Jato que incluiria a nomeação de Lula para o cargo
de ministro da Casa
Civil, com o objetivo de ganhar foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro.

Marcos valério

Nova frente de investigação na Justiça Federal do DF é para investigar se Lula atuou para comprar o silêncio do publicitário
Marcos valério, condenado no mensalão

Foto: aP Photo/EraLdo PErEs

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Brasil/Capa

OPeRaÇÃO dRaGÃO Esquema de lavagem de dinheiro foi desbaratado graças à delação de executivo da Odebrecht

procuradores e agentes federais endureceram o jogo. Sem as confissões de propina o acordo voltaria à estaca zero, adverti- ram. Foi o suficiente para imprimir velocidade às tratativas.

Todas as pessoas envolvidas no acordo ouvidas por ISTOÉ são unânimes em afirmar que Lula é a estrela principal da delação. Recentemente, a Polícia Federal associou os codi- nomes “amigo”, “amigo de meu pai” e “amigo de EO” (Emílio Odebrecht) – que aparecem em planilhas de pagamentos ilícitos apreendidas durante a Operação Lava Jato – ao ex- presidente. Foi assim que a PF conseguiu rastrear o repasse de aproximadamente R$ 8 milhões a Lula. Os pagamentos foram coordenados por Marcelo Odebrecht e por Antonio Palocci. De acordo com o delegado Filipe Pace, o dinheiro saía de uma conta corrente mantida pela Odebrecht para pagamento de vantagens indevidas. O que Pace não sabia, e a delação de Odebrecht conseguiu elucidar, era sobre os pagamentos em espécie ao petista.

Evidentemente que os depoimentos dos executivos da empreiteira não vão abarcar apenas os crimes praticados pelo

Dinheiro era remetido às empreiteiras pelos operadores para, em seguida, ser distribuído para os agentes públicos

ex-presidente Lula. Envolverá também Dilma Rousseff (leia mais na pág. 36), integrantes do governo do presidente Michel Temer, mais de 100 parlamentares e 20 governadores e ex- governadores. Os principais partidos atingidos pelas delações da Odebrecht serão o PT e PMDB. É certo, no entanto, que integrantes do PSDB também serão implicados pelos execu- tivos da empreiteira.

Para viabilizar os depoimentos, a Odebrecht utilizou ser- viços de 50 escritórios de advocacia de Brasília, São Paulo, Rio e Salvador, onde depôs o empreiteiro Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Ao todo 400 advogados acompanharam os de- poimentos. Como envolve políticos com foro privilegiado, o acordo será assinado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. A expectativa é de que a homologação saia até o dia 21. Parale- lamente às delações premiadas, a Odebrecht fará um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), que deverá ser o maior do mundo. O campeão até aqui era o da Siemens, celebrado com autoridades dos Estados Unidos e vários países europeus em 2008. A empresa alemã pagou US$

1,6 bilhão em multas. Já no acordo de leniência da Odebrecht com o governo brasileiro, a empreiteira poderá pagar uma multa de R$ 6 bilhões. Com isso, a empreiteira poderá voltar a realizar obras para o governo federal, hoje proibidas.

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3 Comentários para “DEU NA ISTO É: LULA RECEBEU PROPINA EM DINHEIRO VIVO”

  1. Mirtes disse:

    Você sabe, Ronaldo, que há um movimento de retirada do Lula da corrida presidencial. Você sabe o suficiente sobre política para saber o quanto vale denegrir, e idiotizar o povo ao mesmo tempo, a imagem dos futuros políticos que são contra nossos interesses. Não queremos com isto dizer que o Lula seja um santo, obviamente que não é, mas que é uma matéria objetivando a derrubada da credibilidade do Lula frente à toda a população, isto é.

  2. Antonia Cruz disse:

    Delação da Odebrecht: Na folha de São Paulo, também foi delatado pela mesma Odebrecht, que o então ministro das relações exteriores, o sr. José Serra, recebeu de propina R$ 23 milhões em contas na Suíça.
    Perguntar não ofende, este blog noticiou? como faço pra ler neste blog?
    Se a delação da Odebrecht é válida pra Lula, deveria valer também pro Serra, pro gato, cachorro e papagaio, não acha?
    Que todos, todos os ladrões deste país sejam punidos de verdade, porque a Lava Jato está comprovando que o crime compensa. Youssef, Paulo Roberto Costa, Ceveró, Barusco, Baiano, etc. ficarão fico pra gastar sua fortuna como e quando quiser, e a única punição foi o uso de tornozeleira no conforto do seu lar.

  3. Sempre foi uma certeza para maioria dos BRASILEIROS.

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