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Desemprego cai, mas tem o pior novembro desde 2008, diz IBGE

Taxa ficou em 7,5%, depois de atingir 7,9% em outubro.
Rendimento teve a maior queda anual para o mês desde 2003.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% em novembro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abaixo da desocupação registrada no mês anterior, de 7,9%. Esse é o maior índice para o mês desde novembro de 2008, quando chegou a 7,6%. No ano passado, nesse mesmo período, a desocupação havia atingido a taxa de 4,5%.

Pedestres observam cartazes com ofertas de emprego no calçadão da Rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo (Foto: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo)Pedestres observam cartazes com ofertas de emprego no calçadão da Rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo (Foto: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo)

Assim como o desemprego aumentou em relação a novembro do ano passado, o rendimento médio dos trabalhadores, estimado em R$ 2.177,20, caiu. Frente a outubro, a baixa foi de 1,3% e, em relação a novembro de 2014, o recuo foi de 8,8% – disseminado em todos os locais analisados.

DESEMPREGO EM NOVEMBRO
em %
7,67,45,75,24,94,64,87,5Series 1nov/2008nov/2009nov/2010nov/2011nov/2012nov/2013nov/2014nov/201545678
Fonte: IBGE

De acordo com o IBGE, a queda de 8,8% do rendimento na comparação anual é a maior para o mês desde 2003, quando o rendimento diminuiu 10,7%.

Quem mais sentiu a diminuição do salário no bolso foram os trabalhadores da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água. No ano, de janeiro a novembro, a queda foi generalizada, puxada pelo rendimento recebido por quem trabalha na indústria (-12,5%), em serviços prestados às empresas (-12,1%) e na construção (-11,9%).

Aumento da população desocupada
“O resultado foi estável em relação a taxa de outubro, mas já mostra tendência de queda, que é um movimento que, de fato, costuma acontecer nos novembros da série histórica. Essa taxa é bastante superior à de um ano atrás. Ou seja, estável no mês e aumento no ano”, analisou Adriana Beringuy, técnica de rendimento e trabalho do IBGE.

A população desocupada somou 1,8 milhão de pessoas no mês, não variando na comparação com outubro. Já frente a novembro, o aumento, considerando todos os estados pesquisados pelo IBGE, foi de 53,8%. A maior alta partiu do Rio de Janeiro, que viu esse contingente crescer 66,5%.

Por outro lado, a população ocupada chegou a 22,5 milhões, mostrando estabilidade sobre o mês anterior e uma queda de 3,7% diante de novembro de 2014.

No setor privado, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada somou 11,3 milhões de pessoas. Na comparação com outubro, o número não mudou muito. Mas em relação a novembro do ano anterior, houve recuo de 4,6%).

Nível de ocupação
O nível da ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, foi estimado 51,3% para o total das seis regiões. Não variou sobre outubro, mas caiu 2,5 pontos percentuais em relação a novembro de 2014.

A Pesquisa Mensal de Emprego mostra dados das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

 G1, em São Paulo e no Rio

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