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Defensora alerta para necessidade de dar voz a mulheres em unidades prisionais

A defensora pública Pollyana Vieira, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), afirma que é preciso dar voz às mulheres internas em unidades prisionais. O alerta foi feito na tarde de terça-feira, 20, durante visita à Penitenciária Feminina de Manaus, onde 50 mulheres cumprem pena em regime fechado.

Realizada em conjunto entre Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), a visita teve o objetivo de averiguar as condições de funcionamento da penitenciária e ouvir reivindicações das internas.

“A visita foi um desdobramento do seminário ‘A Lei é para Todas’, que realizamos em conjunto no dia 12 de agosto. Durante a visita, ao ouvir as internas, surgiu a ideia de realizar um novo seminário que abranja essas mulheres, para que elas também sejam ouvidas. Uma delas me disse: ‘A gente não é ouvida. A gente nunca é ouvida, aqui ninguém nos ouve’. Nossa ideia é dar um olhar diferenciado a esse grupo invisibilizado”, relatou a defensora Pollyana Vieira.

As informações colhidas a administração da unidade prisional e as reivindicações das internas serão analisadas pela equipe do Nudem. Caso não seja de competência do núcleo, serão encaminhadas para a Defensoria de Execução Penal tomar as providências cabíveis.

A Sejusc e o Cedim também vão analisar as informações colhidas visando implementar programas e projetos com o objetivo de garantir os direitos das internas nas unidades prisionais e objetivando a ressocialização.

Participaram da visita, além da defensora pública, a secretária Executiva de Política para Mulheres, Ana Barroncas, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), Maria Auxiliadora de Queiroz Brasil, e a representante do Projeto UniManas, Geovana dos Santos Magalhães, que ouviu as internas sobre o material de higiene pessoal distribuído na unidade. A visita foi acompanhada pelo diretor da penitenciária, capitão Paulo Sérgio Cordeiro.

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