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Conscientização sobre o HPV pode evitar infecções pelo vírus, durante o Carnaval

Apesar de ser conhecido como o principal causador dos cânceres de colo uterino e pênis, o HPV (Papilomavírus Humano) também pode ocasionar infecções ou alterações benignas, consideradas DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), através de suas variações de baixo risco. Ou seja: aquelas que não resultam em doença maligna e se manifestam através dos famosos condilomas (verrugas genitais de diferentes tamanhos). Atualmente, são conhecidos mais de 100 tipos do vírus, dos quais 20, com potencial para o desenvolvimento de lesões na área genital.
“A conscientização sobre o sexo seguro é de extrema importância com a proximidade do Carnaval. A camisinha reduz significativamente as chances de se contrair o HPV. Mas, ainda assim, não se pode afirmar que a proteção é de 100%, já que o vírus também fica alojado na área pélvica próxima aos órgãos genitais, que não é coberta pelo preservativo”, explicou o cirurgião urologista da Urocentro, Giuseppe Figliuolo.
Figliuolo ressalta que, durante o Carnaval, especialistas de diversas áreas alertam para a importância do sexo seguro, de modo a evitar DSTs como a herpes genital, sífilis, gonorreia, a transmissão do HPV, HIV, entre outros.
“Há uma preocupação especial no caso do HPV, que apresenta muitas variações, sendo poucas delas causadoras do câncer. Mas, é importante frisar que os condilomas acuminados também podem causar estragos e gerar muita dor de cabeça quando evoluem. No caso dos homens, em especial, pode comprometer o púbis e o corpo do pênis e a região perianal”, destacou.
Além de ocasionar lesões (pré-cancerosas ou não) na vagina, pênis e colo uterino, o HPV pode atingir a região anal, a boca e, em casos mais específicos, garganta, entre outros.
“Alguns tipos oncogênicos, que são os causadores do câncer, já podem ser evitados, atualmente, com a vacina que previne o HPV e que é gratuita na rede pública de Saúde, direcionada a meninos e meninas em idade escolar. Mas, para quem já teve contato sexual, a probabilidade de ter contraído o vírus é grande. Vale lembrar que o HPV não tem cura. Mas tem um controle eficaz”, assegurou.
Controle
 
“Quando identificadas precocemente as lesões, através de avaliações clínicas e exames específicos (dependendo da localização e contando com o auxílio de um especialista), é possível tratá-las sem que elas se desenvolvam para um câncer ou uma alteração mais grave, que necessite, por exemplo, de cirurgia”, esclareceu o urologista.
O tratamento pode ser medicamentoso, à base de cauterização ou cirurgia (preservadora ou radical, dependendo da extensão da doença/infecção). “Mas, nada é mais eficaz no combate ao HPV que o sexo seguro”, destacou o médico.

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