Aos 4m47 do primeiro round, o árbitro central encerrou a co-luta principal do UFC 237 depois que Anderson Silva recebeu um chute baixo por dentro de sua perna direita, na altura do joelho, e caiu mostrando sentir muita dor. Em entrevista ainda em cima do octógono, o ex-campeão disse que já estava com o joelho machucado antes da luta. Cannonier questionou tal lesão.

– Que tipo de lesão foi? Ele tinha apenas um dodói na perna, ou era uma contusão, ou alguma coisa estava rasgada? Não sei. Ninguém sabe. É o que é. Fui lá e fiz o meu trabalho.

O americano, que desceu ao peso-médio (até 84kg) apenas há duas lutas, tendo somado vitórias em ambas, diz que também tinha lesões para lutar, e diz que enfrentou Anderson sem conhecer qualquer problema físico do adversário.

– Muitas pessoas vieram aqui com lesões. Na quinta-feira anterior à minha chegada (no Brasil), desloquei uma costela. E eu fui chutado (nela) duas vezes pelo Anderson, três vezes, sabiam? Não sabia que sua perna estava machucada. Estou apenas fazendo meu trabalho. Se ele tinha uma perna ferida, não deveria estar lutando. Mas isso é Anderson Silva, ele pode entrar lá e fazer o que fez.

Cannonier também falou sobre a vaia que recebeu após a luta. Ele reconheceu que provocou a torcida ao colocar a mão num dos ouvidos. Ao mesmo tempo, garantiu não se abalar com o ocorrido.

– Acho que meio que provoquei isso ganhando. Mas não deixei isso chegar a mim. Eu apenas respondi, meio que cutucando o urso. Mas não há animosidade com ninguém. Acho que a multidão vaiou muito mais porque eu meio que a provoquei um pouco com a coisa da orelha, e também um pouco de imaturidade, apenas deixo para lá. Não era a minha intenção agravar mais.

E para quem pensa que a lesão de Anderson ira o crédito do americano, ele manda um recado.

– Não vou dizer que sua perna estava ferida e é por isso que ganhei. Não, o chutei na perna e é por isso que ganhei – completou o americano de 35 anos, agora dono de um cartel com 12 vitórias e quatro derrotas.