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Após extorsão por vídeo de sexo no Brasil, Dana White é acionado por suposta quebra de acordo

Por Combate.com — Rio de Janeiro

Presidente do UFC, Dana White foi identificado como a figura central de um caso de extorsão de 2015, cuja identidade estava até então mantida sob sigilo. O processo foi divulgado no sábado pelo “Las Vegas Review-Journal”. A ação foi movida na última sexta-feira por Ernesto Joshua Ramos, no Tribunal Distrital de Clark County, em Nevada (EUA). O autor alega ter sido enganado pelo presidente e advogados do UFC por ter quebrado um contrato com cláusula de confidencialidade que protegia o promotor e o Ultimate de constrangimento e potenciais perdas financeiras meses antes de a organização ter sido vendida por mais de US$ 4 bilhões.

Ernesto Ramos alega que o acordo de confidencialidade que ele assinou foi em troca de se declarar culpado de uma acusação de extorsão. Ele foi pego em uma armadilha preparada pelo FBI, recebendo US$ 200 mil de Dana White, que protagoniza o vídeo fazendo sexo com uma dançarina do clube Spearmint Rhino, em Las Vegas. O vídeo teria sido gravado no Brasil, para onde o mandatário viajou com a moça, autora das imagens.

Dana White é o presidente do UFC — Foto: Evelyn RodriguesDana White é o presidente do UFC — Foto: Evelyn Rodrigues

Dana White é o presidente do UFC — Foto: Evelyn Rodrigues

O processo diz que “as ações de White foram fraudulentas, opressivas e projetadas para incentivar Ramos a se declarar culpado, para que ele pudesse negociar um acordo substancial, o que impediria a divulgação de suas ações em julgamento para benefício pessoal de White e seus interesses e negócios relacionados”.

Ramos acreditava que o acordo valia US$ 1 milhão durante as negociações iniciais, mas disse que a oferta de Dana foi de US$ 450 mil depois de uma quebra inicial no acordo, em abril de 2016. Porém, ainda de acordo com Ramos, Dana White voltou atrás e não ofereceu nada. Ernesto, agora, busca indenização superior a US$ 65 mil por quebra de contrato, má fé e danos morais.

– Eu acabei de descobrir que este processo de m*** foi colocado contra mim ontem (sexta-feira). Este cara foi preso por tentar me extorquir cinco anos atrás. Agora ele contratou um advogado que também é um criminoso condenado e está tentando me extorquir de novo por US$ 10 milhões. Ele não tirou nenhum dinheiro de mim da última vez e não vai tirar nenhum dinheiro de mim agora. Estou ansioso para que o tribunal rejeite isso rapidamente, para que eu possa me livrar destes desgraçados para sempre – disse Dana, ao “Las Vegas Review-Journal”.

Ramos foi acusado de extorsão em outubro de 2015 por trocas de mensagens durante três meses com Dana que acabaram em janeiro de 2015. Como parte do acordo, o vídeo de Dana com a dançarina foi destruído. Segundo o processo, Ernesto confrontou Dana sobre ter feito sexo com a sua namorada e enviou um vídeo deles de dois segundos com o ato, ameaçando contar para a esposa do dirigente e publicar fotos embaraçosas no “Instagram”.

O FBI preparou uma armadilha para Ramos, depois que ele aceitou US$ 200 mil de Dana White, e o prendeu. O juiz do caso concordou com a ordem de proteção da identidade da vítima, que foi descrita nos documentos como “um morador de Las Vegas com dois filhos menores de idade” e “co-proprietário de um negócio conhecido”.

Dois meses depois de ser declarado culpado, Ramos tentou reverter a decisão ao alegar que Dana recusou pagar a quantia para ele, mas o juiz negou o pedido e ele ficou preso por 366 dias.

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