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Uma equipe técnica formada por veterinários da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) já está em Novo Aripuanã, município da região Sul do Amazonas, a 227 km da capital amazonense. O objetivo é investigar a ocorrência de uma epidemia entre macacos de diferentes espécies, encontrados mortos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do município, em área distante e de difícil acesso. A possível epidemia pode estar associada à febre amarela ou raiva.
De acordo com o diretor-presidente da FVS no Amazonas, Bernardino Albuquerque, a morte de primatas é um indicador de alerta para a circulação de febre amarela. Segundo Bernardino Albuquerque, além da investigação sobre as mortes dos macacos, a Fundação de Vigilância em Saúde está orientando a secretaria de Saúde do município de Novo Aripuanã para que vacine a população.
Ainda de acordo com o diretor-presidente da FVS, até agora, as mortes de macacos estão restritas a Novo Airão, entretanto, todos os municípios já foram avisados de que devem manter a fundação informada quase ocorra algum caso.
Bernardino Albuquerque informou, ainda, que nenhuma pessoa de Novo Aripuanã apresentou sintomas da Febre Amarela.
Sobre a doença, a Fundação de Vigilância em Saúde esclarece que a febre amarela silvestre é endêmica no Estado do Amazonas, onde o ciclo ocorre naturalmente em áreas de floresta, entre todas as espécies de macacos. Os últimos casos da doença em humanos foram registrados em 2016, sendo um em Manacapuru e outro em Itapiranga.
Conforme Albuquerque, na área rural, há mais de 10 anos não há registros da doença.
A vacina é única forma efetiva de prevenção contra a febre amarela e é obrigatória em áreas endêmicas.