José Aldo vai defender título mundial no Canadá

O amazonense José Aldo vai defender o título mundial

RIO – O lutador amazonense de MMA José Aldo Júnior, desembarca nesta terça-feira em Toronto, Canadá, onde defende o cinturão de campeão mundial dos penas (até 66kg), no sábado, contra o canadense Mark Hominick pelo UFC 129. Na mala do manauara de 24 anos, um item é proibido: seu videogame PS3. Viciado em jogos de futebol on-line, o melhor lutador do mundo de 2010 precisa de concentração máxima para não deixar que seu inofensivo passatempo o derrube antes mesmo do confronto.

– O Dedé, meu treinador, sempre falou para eu parar. Quando fui disputar o cinturão, ele fez um acordo comigo: se eu ganhasse, ele compraria três jogadores para o Zaragoza, time com o qual eu jogava na época; se perdesse, não poderia jogar mais. Logo que fui campeão, fui cobrar a dívida dele – ri José Aldo. – Já gastei mais de R$ 1 mil comprando jogadores on-line. É o meu único vício.

O cara veio morar no Rio há dez anos, sem um tostão no bolso, mas, hoje, é um dos maiores lutadores da atualidade. Apesar da faixa-preta em jiu-jitsu, Aldo vem nocauteando adversários na base da trocação de socos mesmo. A eficiência rendeu a ele o título de Lutador do Ano de 2010 no World MMA Awards, o Oscar do MMA.

Flamenguista e chelseamaníaco, Aldo precisou dar um tempo nas peladas que jogava no Aterro, para evitar contusões, mas não dispensa uma – ou várias – partidinhas de “Pro-Evolution” quando chega em casa, à noite. O PS3 é o momento relax da rotina punk de seis horas diárias de treinamento, alternando jíu-jitsu, muay thai, musculação e corrida na Praia do Flamengo.

– Sábado ainda rola treino de ladeira no Mirante do Pasmado. Depois, vou para casa ver jogo do Chelsea ou jogar PS3. Não pode faltar. Já fiquei sem dormir no Japão porque havia marcado um jogo on-line às 18h do Brasil, 6h de lá. Mas agora estou focado. Não posso desviar o pensamento do meu adversário.

Aldo fez a lição de casa. Estudou as estratégias do oponente novato no DVD. Agora vai para cima de Hominick. Ou melhor, por baixo:

– Ele tem o boxe muito bom, mas é fraco no chão, onde tenho mais recursos – avalia o craque em jíu-jitsu. – Quando comecei, passei a treinar no alto também, para ter mais chances de me sobressair no MMA. O pessoal gosta de ver uma trocação, né?

Gosta mesmo. Ciente disso, o casca grossa, que coleciona 18 vitórias, sendo 12 por nocaute, passou duas semanas na Holanda treinando muay thai com Max Andy Souwer, bicampeão do K-1, maior evento de trocação do mundo. Aldo diz que foi pouco tempo para assimilar todo o conhecimento (leiam-se golpes). Mas o que ele mais quer conquistar?

– Sou movido a sonhos e desafios. Quero ser o melhor de novo. Pretendo mudar de categoria e ser campeão, sempre respeitando todo mundo

Diferentemente do estilo fanfarrão do ídolo Anderson Silva, Aldo impõe respeito pelo silêncio. E também pela tatuagem de um túmulo em seu ombro. Ele custa a explicar o significado da tatoo, mas acaba revelando:

– Toda vez que venço uma luta, coloco uma cabeça a mais aqui. Vou botar outra no sábado. Mas não escreve isso não, porque vai ficar macabro (risos).

Está escrito. Só falta vencer

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/mat/2011/04/25/viciado-em-games-jose-aldo-deixa-ps3-em-casa-viaja-para-canada-para-defender-titulo-mundial-de-mma-924309096.asp#ixzz1KYw0zEqH
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Flamenguista e chelseamaníaco, Aldo precisou dar um tempo nas peladas que jogava no Aterro, para evitar contusões, mas não dispensa uma – ou várias – partidinhas de “Pro-Evolution” quando chega em casa, à noite. O PS3 é o momento relax da rotina punk de seis horas diárias de treinamento, alternando jíu-jitsu, muay thai, musculação e corrida na Praia do Flamengo.

– Sábado ainda rola treino de ladeira no Mirante do Pasmado. Depois, vou para casa ver jogo do Chelsea ou jogar PS3. Não pode faltar. Já fiquei sem dormir no Japão porque havia marcado um jogo on-line às 18h do Brasil, 6h de lá. Mas agora estou focado. Não posso desviar o pensamento do meu adversário.

Aldo fez a lição de casa. Estudou as estratégias do oponente novato no DVD. Agora vai para cima de Hominick. Ou melhor, por baixo:

– Ele tem o boxe muito bom, mas é fraco no chão, onde tenho mais recursos – avalia o craque em jíu-jitsu. – Quando comecei, passei a treinar no alto também, para ter mais chances de me sobressair no MMA. O pessoal gosta de ver uma trocação, né?

Gosta mesmo. Ciente disso, o casca grossa, que coleciona 18 vitórias, sendo 12 por nocaute, passou duas semanas na Holanda treinando muay thai com Max Andy Souwer, bicampeão do K-1, maior evento de trocação do mundo. Aldo diz que foi pouco tempo para assimilar todo o conhecimento (leiam-se golpes). Mas o que ele mais quer conquistar?

– Sou movido a sonhos e desafios. Quero ser o melhor de novo. Pretendo mudar de categoria e ser campeão, sempre respeitando todo mundo

Diferentemente do estilo fanfarrão do ídolo Anderson Silva, Aldo impõe respeito pelo silêncio. E também pela tatuagem de um túmulo em seu ombro. Ele custa a explicar o significado da tatoo, mas acaba revelando:

– Toda vez que venço uma luta, coloco uma cabeça a mais aqui. Vou botar outra no sábado. Mas não escreve isso não, porque vai ficar macabro (risos).

Está escrito. Só falta vencer