Matérias

A estupidez de um funcionário da TAM

Estou retornando das férias. Foram 20 dias de ócio total, sem fazer absolutamente nada de sério ou relevante. Foi um período que tirei para curtir a família, os filhos, rever parentes e praticar outras futilidades. Logo, não posso ser acusado de estar estressado. Porém, no retorno à Manaus, na noite de ontem, um incidente ocorrido do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, me tirou do sério.

 

Como pai de uma criança autista, estou sempre preparado para enfrentar situações de constrangimento. As vezes por ignorância das pessoas, outras por má-fé, a gente sempre passa por situações difíceis. Na maioria das vezes, tiro por menos, procuro relevar momentos que não geram tanto abalo emocional em mim e na minha mulher, Kiê, que tem um blog (Diário de um Autista) onde ela relata algumas situações vividas pelo nosso filho Ruy, que hoje está com 10 anos.

Pois bem, na noite de ontem, vivi uma forte emoção que me deixou muito indignado.

 

No Brasil e em vários países do mundo, existem leis municipais, estaduais e federais, que preveem atendimento especial para pessoas idosas e portadoras de necessidades especiais, em bancos, aeroportos, repartições públicas, casas de espetáculos etc. No Brasil, há lei federal, resoluções e portarias da ANAC que exigem que as empresas aéreas dispensem tratamento diferenciado para essas pessoas que vieram ao mundo portando diferenças. Essas pessoas foram discriminadas pelo destino e, esse tratamento diferenciado que a lei prevê, é uma forma de aliviar o sofrimento delas.

 

Para se ter ideia do que é o ambiente de aeroporto para um autista, tenho o hábito de dar um remédio anti-depressivo para meu filho, que o deixa menos agitado e menos estressado nas salas de embarque.

 

Pois bem,  ao me posicionar na fila para entrar no avião, com meus dois filhos (um de cinco anos e outro de 10, que é autista), procurei o atendimento prioritário e fiquei na frente da fila juntamente com algumas pessoas idosas e outras com crianças de colo. Depois que essas pessoas entraram, chegou a minha vez de embarcar, momento em que fui abordado pelo funcionário da TAM que recolhia os canhotos e conferia a identidade dos passageiros do vôo JJ3250 com a seguinte frase repreensiva: “o embarque prioritário é para passageiros com crianças de colo”, ao que respondi: “Eu tenho um filho especial e ele tem direito à embarque preferencial”.

 

A partir daí travamos, eu o  funcionário da TAM, o seguinte diálogo:

 

Por quê ele é especial? – perguntou-me o rapaz

 

Fiquei sem saber o que responder ao funcionário, pois essa pergunta eu me faço todos os dias e não consigo a resposta: “Por quê meu filho é especial?”

 

Diante daquela situação constrangedora, sendo puxado por uma mão pelo meu filho, carregando uma mala na outra mão, e tendo atrás de mim mais de 100 passageiros querendo entrar no avião, pensei que na verdade o funcionário da TAM queria saber qual o motivo que tornava meu filho especial e tive a seguinte reação: “pergunte a ele por quê ele é especial e você saberá a razão”.

 

Notei que o funcionário da TAM ficou embaraçado com a situação inusitada e insisti: “pergunte-o porque ele é especial”.

 

Cheguei a imaginar aquele rapaz, pouco cortês, perguntando ao Ruyzinho: “Por quê você é especial ?

 

Provavelmente, o Ruyzinho, como a maioria dos autistas, sequer olharia para o rapaz, muito menos iria responder qualquer coisa, pois, como também, a maioria dos autistas, meu filho não sabe falar e se expressa com muita dificuldade.

 

Depois fiquei pensando, se chegasse um passageiro numa cadeira de rodas ou um deficiente visual, eles teriam também que responder ao estúpido funcionário a razão da deficiência física e da cegueira?

 

O autista, por mais normal que possa parecer em alguns casos, ele sempre terá o comportamento diferente das outras pessoas, seja no falar, no andar, na hiperatividade,  etc. É por isso que a lei o trata com diferença perante os demais cidadãos. Bastava aquele funcionário estúpido ter um pouco de bom senso e olhar para meu filho para constatar que ele é especial, sem a necessidade de ter um letreiro na testa: ‘EU SOU AUTISTA, IMBECIL”.

 

Voltando ao diálogo insólito. O funcionário da TAM ao constatar a gafe, que me deixou muito constrangido e humilhado (e meu filho agitado), resolveu cumprir o que determina a lei: “então pode entrar, senhor”.

 

Devidamente liberado por quem tinha a obrigação de saber todas as portarias e resoluções da ANAC, segui caminho até o avião ora puxando o Ruy, ora sendo puxado por ele. Ao chegar no avião, notei que eu estava só com as duas crianças.

 

O insensato funcionário da TAM liberou minha entrada na aeronave com as duas crianças, mas se vingou da minha mulher, obrigando-a a sair da frente e ir para o final da fila, atrás de todos os passageiros. Naquela agonia, nem percebi que ela havia ficado para trás.

 

Sai do avião e retornei ao embarque com as duas crianças e indaguei  porque ele impediu que a mãe acompanhasse seus dois filhos:

 

a lei só protege a criança especial” – respondeu ele com ar autoritário.

 

Insisti: “mas você separou a mãe do filho e a lei ampara os acompanhantes! – ponderei

 

Ele retrucou com ar mais autoritário: “mas ela não vai entrar agora, terá que ficar na fila”.

 

Diante de tal situação, não tive outra saída: “então chame a polícia. Ou você cumpre a lei e deixa a mãe entrar para acompanhar o filho ou não entra mais ninguém”.

 

Nesse momento surge outro funcionário da TAM, o qual me pareceu ser um supervisor, que portava um rádio na mão: “se o senhor continuar perturbando, vou chamar a Polícia Federal e mando tira-lo do aeroporto com toda sua família daqui e vocês não embarcam nesse avião”.

 

Diante do impasse resolvi então pagar para ver até onde iria a ousadia daqueles dois funcionários atrevidos: “então chame a Polícia Federal, que vocês vão aprender a não discriminar nunca mais uma pessoa portadora de deficiência” – bradei com energia.

 

Acho que nesse momento, ambos os funcionários foram acometidos de um momento de lucidez. Não chamaram a polícia e resolveram liberar a mãe das crianças, chamando-a para completar novamente a família ocasionalmente separada pela insensatez e despreparo de dois funcionários da maior empresa aérea do Brasil.

 

Entramos no avião, sendo assistidos por um monte de passageiros que acompanharam aquele espetáculo deprimente de grosseria e desrespeito ao direito de uma criança especial ser acompanhada pelo pai e pela mãe.

 

Embarcar numa aeronave com prioridade não é nenhum favor de uma empresa aérea. É uma obrigação legal, que pode gerar multas, suspensão e uma série de punições para quem descumpri-la.

 

Como pai de autista, não gosto e nem tenho hábito de usufruir desses “privilégios” concedidos aos portadores de necessidades especiais. Quando uso, em casos excepcionalíssimos, faço força para segurar as lágrimas que insistem em cair dos olhos.

 

Preferiria mil vezes, estar no rabo de qualquer fila, do que obter a primazia dela amparado por uma lei que garante privilégio para pessoas especiais.

 

P.S: Faço esse relato com tristeza e por dois motivos: 1. Para que a TAM, que faz o marketing de estender tapete vermelho para passageiros na porta das aeronaves, saiba preparar melhor os seus funcionários, para que eles não repitam situações de humilhação e constrangimento como a que vivi na noite de ontem ao lado de minha mulher e de dois filhos pequenos. Em segundo lugar, para que os acompanhantes de portadores de necessidades especiais saibam exigir das empresas aéreas o cumprimento da legislação que rege o setor.

 

 

Abaixo segue a transcrição de uma decisão da ANAC que impôs multa a empresa aérea OCEANAIR por ter negado atendimento especial a portador de deficiência:

 

 

 

Diante da infração do processo administrativo em questão, a autuação foi realizada com fundamento na alínea “u” do inciso III do art. 302 do CBA, Lei n° 7.565, de 19/12/1986, que dispõe o seguinte:

 

Art. 302. A multa será aplicada pela prática das seguintes infrações: (…) III – infrações imputáveis à concessionária ou permissionária de serviços aéreos: (…) u) infringir as Condições Gerais de Transporte, bem como as demais normas que dispõem sobre os serviços aéreos.

Conforme autos, a Empresa não forneceu atendimento preferência/prioridade de embarque a um passageiro portador de necessidades especiais, infringindo, assim, as Condições Gerais de Transporte, bem como as demais normas que dispõe sobre os serviços aéreos. Dessa forma, o fato exposto se enquadra ao descrito no referido dispositivo.

 

Cabe ainda mencionar que a Portaria no 676/GC-5, de 13/11/2000, que aprova as Condições Gerais de Transporte, na disciplina sobre Do Transporte de Idosos, Doentes,          Deficientes Físicos       e       Mentais,     Menores   Acompanhados           e Desacompanhados, em seu art. 18 estabelece:

 

“Art. 18. As empresas aéreas deverão assegurar a prioridade nos atendimentos aos passageiros com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos, aos doentes, aos deficientes físicos e mentais, às senhoras grávidas e aos passageiros acompanhados de crianças menores de 12 (doze) anos.”
Adicionalmente, conforme Resolução n° 09, de 05/06/2007, a qual aprova a Norma Operacional de Aviação Civil – NOAC que dispõe sobre o acesso ao transporte aéreo de passageiros que necessitam de assistência especial, que assim dispõe:
Art. 8o A fim de melhor prestar os serviços proporcionados às pessoas que necessitam de assistência especial, empresas aéreas ou operadores de aeronaves, seus prepostos, as administrações aeroportuárias e as empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo deverão empregar uma definição comum para as distintas categorias de pessoas que necessitam dessa assistência.
§ 1o As empresas concessionárias de serviço aéreo de transporte de passageiros adotarão o sistema de classificação e codificação conforme disposto no Anexo II. § 2o As informações necessárias inerentes a boa prestação dos serviços de transporte aéreo deverão ser prestadas às pessoas que necessitam de assistência especial, de forma acessível, ao longo de todas as fases de suas viagens, desde o momento em que confirmam a reserva, especialmente a partir da chegada ao aeroporto até a saída da área pública do aeroporto de destino.
§ 3o Serão assegurados a esses passageiros a assistência especial necessária durante

todo o trajeto da viagem, independentemente do tipo de deficiência ou do motivo da redução de sua mobilidade. (…) Art. 20. As empresas aéreas ou operadores de aeronaves deverão assegurar o movimento de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida entre as aeronaves e o terminal.
§ 1o As empresas aéreas ou operadores de aeronaves deverão oferecer veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, nos aeroportos que não disponham de pontes de embarque, ou quando a aeronave estacionar em posição remota. (…)

(…) Art. 21. O embarque dos passageiros que necessitam de assistência especial será realizado prioritariamente em relação aos demais passageiros, visando permitir o conforto, a segurança e o bom atendimento. Parágrafo Único. O atendimento prioritário a que se refere o caput prefere, inclusive, ao dos possuidores de cartão de passageiro freqüente. (…) Art. 33. As operações de embarque e desembarque de passageiros que necessitam de assistência especial serão executadas por funcionários das empresas aéreas ou por elas contratados.

 

Dessa forma, a norma é clara quanto à necessidade das empresas aéreas assegurarem a movimentação de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e disponibilizarem veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados para o atendimento dessas pessoas no seu embarque ou desembarque da aeronave.

 

Cabe ainda mencionar a Lei n° 10.048, de 8 de novembro de 2000, que estabelece em seus artigos 1° e 2°:

Art. 1° As pessoas portadoras de deficiência física, os idosos com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei.

 

Art. 2° As repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos estão obrigadas a dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços individualizados que assegurem tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que se refere o art. 1°.

 

A situação fática descrita nos autos do presente processo administrativo consubstancia flagrante exemplo de violação ao dever de adequada prestação do serviço de transporte aéreo público regular de passageiros.

Por fim, cabe ressaltar que o Código Brasileiro de Aeronáutica dispõe, em seu art. 295 que a multa será imposta de acordo com a gravidade da infração. Nesse sentido, a Resolução n° 25/2008, que dispõe sobre o processo administrativo para a apuração de infrações e aplicação de penalidades no âmbito da competência da Agência Nacional de Aviação Civil determina em seu art. 22 que sejam consideradas as circunstâncias agravantes e atenuantes na imposição da penalidade pecuniária.

Quanto às questões de fato

Quanto ao presente fato, a empresa aérea Oceanair não forneceu atendimento de preferência/prioridade de embarque de um passageiro de cadeira de rodas na sala de embarque portão “B”, quando efetuava embarque dos passageiros do voo ONE 6381, de 14/12/2007.

A irregularidade foi constatada e presenciada pelo fiscal de aviação civil, que lavrou o auto de infração e acrescentou que foi solicitado aos despachantes do referido

Proc. Adm. n° 60800.009804/2010-61 – Proc. n

30 Comentários para “A estupidez de um funcionário da TAM”

  1. Alfredo disse:

    Totalmente solidário a ti, acrescento que esse tratamento de merda parece ser praxe naquela pocilga chamada de Galeão. Quase sempre que embarco nesse aeroporto presencio alguma cena regada à grosseria e ignorância para com os passageiros.

  2. ROMERO AQUINO disse:

    é uma pena Ronaldo o que houve. Entendo perfeitamente o que dizes, mas no seu lugar, entraria com uma ação de dano moral contra esse empresa.

  3. Sheyla disse:

    Estou chocada com a situação, ridícula!

    Esta semana retornei do Rio, neste mesmo voo e INFELIZMENTE presenciei uma falta de respeito ao EXTREMO de uma deficiente física (cadeirante).
    O epsódio foi o seguinte:
    O aeroporto estava lotado e algumas aeronaves faziam o embarque e desembarque de passageiros no meio da pista, como foi o caso da TAM.
    Uma fila quilométrica se formou na pista do aeroporto embaixo de uma chuva fraca que caía sem cessar, para os passageiros subirem aquela escada do avião e finalmente adentrarem na aeronave.
    Tanta demora, eu e meu esposo decidimos verificar o porquê daquela infinita fila não andar.
    Para nossa surpressa e repúdio….
    Simplismente os funcinários da TAM, estavam tentando levar uma cadeirante naquelas escadas e nao conseguiram subir com a mesma pelas escadas.
    O mais absurdo de tudo isso: Fizeram a cadeirante SUBIR com suas próprias PERNAS DEFICIENTES aqueles enormes degraus.
    Gente, fique perplexa com a falta respeito para com o cidadão, falta de estrutura, falta de visão, falta planejamento desta empresa aérea como tantas que devem ser assim também, sem contar com o despreparo desses funcionários.

  4. Bergson disse:

    Pode identificar esse srs., e podemos enviar email apra tam

  5. Thalita disse:

    Parabéns pela coragem e determinação de fazer valer os direitos de seu filho Ronaldo, só sinto pela situação a que seu filho foi submetido. Fico imaginando quantas pessoas todos os dias sofrem por terem seus direitos cerceados pela ignorância de pessoas que deveriam atendê-las bem.

  6. Neisi disse:

    Tenho uma filha de 1 ano e 3 meses, e viajamos eu, esposo e filha agora em Janeiro, e ambos entramos na prioridade juntos. Por que seria diferente com outros pais? É de indignar uma situação dessa Ronaldo! Quanto despreparo!
    Realmente uma falta de respeito com a família, uma insensibilidade total. Às vezes, infelizmente é preciso ser “barraqueiro” para se fazer uso dos direitos que nos são assegurados, e que muitos fingem desconhecer.
    Imagina esse atendimento vip nas viagens durante a Copa 2014?!

  7. Marcio Donizete disse:

    Exemplo de cidadania quem dá é o Colégio Laviniense, que reserva vagas para desembarque dos portadores de necessidades especiais. Parabéns!

  8. ALESSANDRO disse:

    Caro Ronaldo, me solidarizo com a situação por você vivenciada,os funcionários da TAM estão extremamente despreparados para lidar com casos especiais, como o que você viveu, e eu vivi no voo JJ 3888 Fortaleza – Manaus no dia 27 de janeiro 2013… Viajavamos eu e minha família, com nosso bebe de apenas 05 meses, ao adentrar a aeronave nosso filho começou a chorar, haviamos comprado o “assento conforto” para tentar viajar com ele de forma um pouco mais confortável, uma senhoroa chamada Cristiane, que se dizia chefe de cabine daquele voo, inicou e processo de grosseria conosco, eu, minha esposa e minha sogra… Percebi que ele ficou irritada com o choro de nosso bebe, SENDO GROSSEIRA TODO O TRECHO CONOSCO!!! BANDO DE ESTÚPIDAS!!! Procuro viajar sempre nessa empresa, por achar a TAM um pouco mais confortável que as concorrentes, MAS, ESTAMOS REVENDO NOSSO CONCEITO!!!! “sabemos que a escolha da companhia é do cliente”assim sendo, PROCURAREMOS OUTRA!!! Grande abraço Ronaldo, e fizeste certissimo em defender veementemente sua prole desses

  9. ALESSANDRO disse:

    Sr. BERGSON, gostaria que enviasse meu comentário também para a TAM.

  10. ALESSANDRO disse:

    Caro Ronaldo, me solidarizo com a situação por você vivenciada,os funcionários da TAM estão extremamente despreparados para lidar com casos especiais, como o que você viveu, e eu vivi no voo JJ 3888 Fortaleza – Manaus no dia 27 de janeiro 2013… Viajavamos eu e minha família, com nosso bebe de apenas 05 meses, ao adentrar a aeronave nosso filho começou a chorar, haviamos comprado o “assento conforto” para tentar viajar com ele de forma um pouco mais confortável, uma senhoroa chamada Cristiane, que se dizia chefe de cabine daquele voo, inicou e processo de grosseria conosco, eu, minha esposa e minha sogra… Percebi que ele ficou irritada com o choro de nosso bebe, SENDO GROSSEIRA TODO O TRECHO CONOSCO!!! BANDO DE ESTÚPIDAS!!! Procuro viajar sempre nessa empresa, por achar a TAM um pouco mais confortável que as concorrentes, MAS, ESTAMOS REVENDO NOSSO CONCEITO!!!! “sabemos que a escolha da companhia é do cliente”assim sendo, PROCURAREMOS OUTRA!!! Grande abraço Ronaldo, e fizeste certissimo em defender veementemente sua prole desses ESTÚPIDOS!!!

  11. Eric Branden disse:

    Ronaldo, concordo com tudo que você disse, e posso facilmente imaginar a situação, por ser eu mesmo deficiente físico. Com ainda a “desvantagem”, em certos casos, que minha deficiência não é muito aparente.
    Eu queria acrescentar o seguinte: tem algumas pessoas que, seguindo a Lei do Gerson, tentem a cada viagem embarcar primeiro e galgar um tal do “assento conforto”, que tem alguns centímetros a mais para as pernas, e destinados a deficientes. Por isso, puxam a perna, ou fazem qualquer manobra para parecerem deficientes no check-in.
    Como os funcionários da cia aérea podem coibir isso? Simples: a carteira de deficiente! No meu caso, eu tenho uma europeia, e no Brasil, uso a nova do Detran (para as vagas de estacionamento), ou a da Adefa (Associação dos deficientes físicos do Amazonas).
    A apresentação espontânea de uma dessas carteiras evita qualquer constrangimento, ajuda muito na hora do embarque, e deveria ser obrigatória. Abraços.

  12. Getulio Cordeiro disse:

    Infelizmente existem funcionários mau treinados, Também sou solidário a vocês pois tem uma pessoa em minha família na qual tem uma deficiência e só nos sabemos como e ruim passar por esse tipo de humilhação.

  13. Fabão disse:

    Quem está de fora pode avaliar mais racionalmente. Entendo num primeiro momento o questionamento do funcionário da TAM. Já trabalhei com atendimento ao público e o brasileiro é mestre em simular situações para tentar tirar vantagens. Infelizmente, o cidadão que de fato necessita de um atendimento prioritário pode ser vítima de questionamentos nem sempre agradáveis.
    Entretanto a segunda atitude é inadmissível, ignorante e irascível. Não justifica se o passageiro, ao que tudo indica, perdeu um pouco a compostura por ter se aborrecido com a pergunta e possa ter respondido em tom pouco amistoso. Não importa isso. Quem lida com público tem de estar preparado para essas adversidades, tratando todos com urbanidade e de acordo com as normas – que, aliás, tem obrigação de conhecer.
    Vivi situação parecida na churrascaria Búfalo do Bosque. Havia dois sistemas: um por peso, outro livre. Uma família que chegasse e seus membros optassem por sistemas diferentes, teria de sentar em mesas separadas. Um absurdo. Meu filho optou por um sistema diferente e o colocaram pra fazer sua refeição longe dos pais. Tudo em nome da ganância, da desconfiança, da avareza, pra evitar que quem pagasse a taxa passasse comida pro prato de quem optou por comer no peso. Passaram pro cliente o dever que era deles de fiscalizar. Não sei como permiti aquilo, mas fui refletindo, me aborrecendo e num dado momento mandei-o sentar junto conosco. Os cu%$#@ões já estavam no pescoço e não ia prestar se viessem me chamar atenção ali. Essa segregação de certa forma fere o direito constitucional à convivência familiar inserido no art. 277 da Carta Magna.
    Acredito que as reclamações tenham sido tantas, que agora eles adotaram um único sistema.

  14. Nélio Júnior disse:

    É triste e revoltante saber que isso acontece. Apesar de ter leis, sempre parece que estas não são levadas a sério, e é isso que mais indigna a gente. Dá uma sensação de que estes ignorantes saem impunes toda vez que agem de tal forma. Concordo com ROMERO AQUINO em você entrar com uma ação. Seria um exemplo para outras pessoas que, por ventura, podem ainda passar pelo mesmo constrangimento.

  15. Raphael Almeida disse:

    Ronaldo, sei que talvez nao seja o momento, mas vi uma palestra do TEDtalks fantástica de porque o mundo precisa de pessoas que vejam o mundo do espectro do autismo.

    A palestrante é Temple Grandin, diagnosticada com autismo quando crianca, e é o terceiro episodio da temporada “jogos para a cabeca” (disponivel via netflix)

    Se as empresas e pessoas em geral soubessem das dificuldades e talentos do autista o mundo seria bem melhor!

    Apesar da guerra, parabens pela batalha! E que essa situacao desagradavel nao volte a se repetir.

  16. Fagner disse:

    Eu e minha família somos solidários a sua indignação Ronaldo, temos uma filha especial (hidrocefalia) de 5 anos e passamos por situações de constrangimento e falta de assistência constantemente, em viagem que fizemos a SP para tratá-la, passamos por situação semelhante na mesma companhia, em que a aeromoça praticamente exigia com muita insistência que afivelássemos o cinto em minha filha numa poltrona independente. Acontece que ela não tem o controle do pescoço, coluna, nem dos membros inferiores, ou seja, temos que viajar com ela sempre em nosso colo e só a acomodamos na poltrona e deitada quando a aeronove estabiliza, o desfecho da situação se deu quando tive que ser grosso o suficiente para que aquela aeromoça percebesse a estipídez de tal exigência, pois o simples decolar da aeronave por mais suave que fosse poderia machucar minha filha gravemente.
    Ronaldo, às vezes para e penso o que seria de nossos filhos especiais se não estivéssemos ao seu lado, pois existe um mundo de estúpidos e idecentes que não os tratam com o mínimo de respeito e infelizmente as leis que são criadas em nosso país precisam ser provocadas para serem cumpridas, pois por sí só o estado não garante a aplicação das mesmas. PARABÉNS pela postura e OBRIGADO por disponibilizar sempre o espaço para defendermos estes pequenos e especiais anjos que o Senhor nos enviou.

  17. The Car disse:

    Foi no Tom Jobim, Rio? Rio.

  18. nocentrodofuracão disse:

    Brasil!
    Mostra tua cara
    Quero ver quem paga
    Pra gente ficar assim (…)

    tá tudo errado nesse país…

  19. Sidney Kuntz disse:

    Ronaldo, acredito que vc deva entrar com processo contra a Tam por causar constrangimento e humilhação pelo que vcs passaram naquele balcão.
    Certas companhias colocam pessoas despreparadas para atender o público, certamente para conterem gastos. Na dúvida, aquela besta deveria pedir auxílio à um superior! Se fosse uma jovem com bolhas nos pés, acredito que o atendimento seria diferente.

    Abraço,

    Sidney Kuntz

  20. Ricardo disse:

    Ronaldo,

    Já perdi a conta de quantas vezes ouvi frases ameaçadoras como a que vc teve que ouvir quando questionava o mal atendimento, desrespeito às leis ou regras absurdas impostas ao arrepio da lei, principlamente em órgãos públicos.

    É intimidador ter que ouvir: “se o senhor continuar perturbando, vou chamar a Polícia Federal e mando tira-lo do aeroporto com toda sua família daqui e vocês não embarcam nesse avião”.
    No meu caso, depois de uma destas, mesmo no pleno execício do meu direito, como a maioria dos brasileiros ficaria calado, mas vc reaguiu, e da maneira correta.

    Que seu exemplo sirva de exemplo para todos nós, pois só assim teremos o atendimento que merecemos.

    Parabéns!

  21. DANILO KLEIN disse:

    Ronaldo!!!!

    Eu acho ke o ke vc fez foi pouco, e em minha humildade vou reprende-lo, reprende-lo porke??? porke, vc precisa fazer deste fato um motivo especial para ke as empresas aéreas e outras tomem as precauções ke deveriam tomar em relação aos ke tem direitos reservados em Lei… kem não tem competência não pode se estabelecer e vc pela penetração publica ke tem, conhecimento jurídico ke tem, deve fazer valer estes direitos, até porke tem pessoas ke não tem o peso ke vc tem, em termos publicos, jurídicos e legais, como vc tem. Por favor, não deixe isto passar em branco, só com uma reclamaçãosinha, faça disso um motivo real de proteção para akeles ke tem menos força ke vc… ELES MERECEM… e vc tem ke ser seu porta voz… vc pode e deve fazer isso, pelo bem dakeles ke não podem e nem tem condições de faze-lo… conto com vc… vc precia fazer isso. Danilo Klein

  22. diogo de Vasconcelos disse:

    RONALDO,

    Trabalhei muito tempo na empresa aérea TAM e posso lhe afirmar que os funcionário recebem treinamento periódico e adequado ao trato com passageiros portadores de necessidades especiais. Acredito que possa ter havido um problema pontual e extremamente lamentável que envolveu sua família. Eu sou pai de 2 crianças de 4 e 3 anos e as regras de prioridade de embarque já não me favorecem mas acho que não se trata de favorecimento e sim de respeito não a lei mas sim a uma condição humana. Essas regras de convivência se aprendem em casa, ser cordial no nosso pais muitas vezes e sinônimo de fraqueza ou indecisão. Outra coisa que queria pontuar é que as empresas aéreas deveriam aumentar o efetivo de funcionários não somente em períodos excepcionais mas em todos os dias do ano, mas também a “Caixa Preta” INFRAERO deveria melhorar as áreas de embarque e promover espaços adequados as crianças sejam portadoras de necessidades especiais ou não, assim asseguraríamos os direitos das crianças e das pessoas que não estão com crianças pois muitos pais em ambientes públicos deixam seus filhos fazerem o que querem atrapalhando os demais. Na TAM há um canal para comunicação aos passageiros extremamente eficiente que é o ” Fale com Presidente” se vc nessa situação conseguiu anotar o nome dos envolvidos te garanto que por esse canal eles terão a punição e treinamento adequado. Não devemos abrir mão dos nossos direitos muito menos dos nossos filhos.

  23. Carlos Silva disse:

    Prezado Ronaldo, sei bem o que é esta realidade, pois sou pai de uma criança portadora de necessidade especial, que tem idade cronológica de 32 anos e idade mental de 5 anos. Uma criança em um corpo de homem. Todos estes anos, me faço a mesma pergunta: PORQUE MEU FILHO É ESPECIAL? Nunca soube responder.
    O mais doloroso é vermos nos ambientes onde estas crianças deveriam ter um tratamento diferenciado, são tratados com desrespeito e tem seus direitos vilipendiados.
    Hoje, dia 14/02/2013, as 10:55h na ESCOLA DE ENSINO ESPECIAL DIOFANTO VIEIRA, situada na Av. Lourenço Braga, no centro de Manaus, um cidadão dirigindo um Corsa Sedan preto, placas JXN-3450, que faz transporte escolar (IRREGULAR) neste veículo, parou seu veículo, COMO SEMPRE FAZ, de acordo com o zelador da escola, Sr. Marquinhos, em cima da calçada, sobre a faixa de pedestres em frente da saída e entrada da referida escola, dificultando a saída e entrada de alunos, a maioria com dificuldades de locomoção. os pais começaram a reclamar e eu e o zelador fomos falar com o cidadão, a resposta dele para mim foi; VOCÊ É GUARDA DE TRÂNSITO? O que eu respondí: Não mais sou pai de aluno, o que você não é e tenho consciência o que você não tem. Ele tomou uma atitude de enfrentamento e eu recuei, porquê as crianças estavam começando a sair, pois já era 11:00h. Solicito que você divulgue este relato às autoridades competentes para tomarem uma providência contra este senhor infrator, para evitarmos transtornos para estas crianças e pais. Abraços. Carlos Silva.

  24. Marcelo Leite disse:

    Ronaldo, bom dia! Preciso de sua ajuda urgente. Qual é a lei que fala dos direitos dos pais/acompanhantes de crianças especiais? Perdoe-me pela ignorância, mas preciso de sua ajuda urgente! Tenho um filho autista (síndrome de Asperger) Minha esposa é funcionária pública municipal de uma cidade pequena e foi cedida para trabalhar numa cidade maior. Nesta cidade maior temos os tratamentos que ele precisa, os profissionais e ele está devidamente enturmado aqui, desde 2010. Só que segunda (04/03) a Prefeitura está requisitando a volta dela. Mas me disseram da lei que garante ao acompanhante de crianças especiais direitos que envolvem o tratamento (e no nosso caso, a permanência no local). Por favor, me responda informando qual é esta lei! Aguardo urgente sua resposta. E parabéns pela firmeza e dedicação que você e sua esposa tem pelo Ruy! Peço permissão para divulgar sua causa. Sou fundador de um Grupo de Apoio as familias de crianças autistas (visite borboletaazulautismo.blogspot.com.br). Grato de coração. Marcelo

  25. Leonardo disse:

    É impressionante como as pessoas tomam as dores sem saber realmente o que ocorreu.

    Não estou dizendo que este Sr esteja mentindo, mas alguem aqui ouviu o outro lado?

    Este é o princípio básico da justiça, mas pelo que vejo aqui, o negócio é meter o pau sem conhecer os fatos!!

    Abraço.

  26. Let disse:

    Sr. Ronaldo, e lamentável o acontecimento acho muito legal o relato. Eu como funcionaria TAM(apesar de ter pouquíssimo tempo pode de empresa) sei os procedimentos sei também que todos fazem cursos para atuar nessa área, gostaria de informa que o sr pode perfeitamente fazer uma reclamação seja no aeroporto de embarque ou desembarque,telefone ou site anota o nome e sobre nome da pessoa que causou constrangimento e fazer uma reclamação a empresa sempre da uma punição por isso. ha outras opções tbm que são as lobby lady e tipo um serviço de ajuda que leva “vc”(portadores de necessidades especiais e acompanhantes) ate o embarque e deixa dentro do avião eu sempre prefiro essa ultima opção pq as lobby são mais preparadas para esse tipo de atendimento
    ps: me sinto na obrigação de pedir decupas pelo constrangimento e por qualquer outra coisa vim no intuito de ajudar .

  27. SONIA MARIA disse:

    BOA NOITE CARO PAPAI… PASSEI POR UM PROBLEMA MUITO SIMILE AO TEU NO DIA 10 P.P. COM A TAM EM RELAçAO A ASSENTO PRIORITARIO… REALMENTE è MUITO CONSTRANGEDOR… TAMBEM SOU MAE DO CORAçAO DE UMA GAROTINHA COM AUTISMO E DEUS AGORA NOS DEU A GRAçA DE TERMOS PEDRO MEU NETO QUE TAMBEM TEM A MESMA SINDROME AUTISTICA… MORAMOS NA ITALIA E TAMBEM GOSTARIA DE QUE AS PESSOAS FOSSEM MELHOR INFORMADAS E QUE COISAS SEMELHANTES NAO PODERIA ACONTECER COM UMA GRANDE COMPANHIA AEREA COMO è A TAM… OU MELHOR, COM NENHUMA COMPANHIA E POR NINGUEM… ACIMA DE TUDO BOM SENSO E LADO HUMANO VISTO QUE SOMOS SEMPRE NOS PAIS QUE JA PASSAMOS POR ESTRESS COTIDIANOS… UM ABRAçAO A TUA CARISSIMA FAMILHA.

  28. Pedro disse:

    Sou funcionário da TAM e infelizmente todos os dias tem gente agindo de má fé pra embarcar primeiro, não despachar bagagem entre outras coisas.. Acredito que se você tivesse sido educado e respondido a pergunta dele de primeira, teria evitado todo o constrangimento, até pq não a mal algum em dizer que seu filho é autista

  29. Delcio Caridoso disse:

    EssaTAM estava tão mal das pernas que foi vendida para a LAN CHILE para não falir! Esperávamos que fosse melhorar o atendimento mas, vemos que continua a mesma porcaria!!! VSF TAM

  30. Juan disse:

    O senhor poderia ter dito que seu filho era autista, não vejo problema nenhum nisso. Teria evitado todo esse transtorno. Até porque tem autistas que não parecem ter essa necessidade especial. Os funcionários recebem treinamento e precisam saber qual a necessidade especial do passageiro para liberar o acesso prioritário, pois infelizmente Brasileiro adora dar jeitinho.

Deixe seu comentário

TV

Rádios

Arquivos

  • Arquivos

  • Links

    Links