06/04/13 – Uma fiscalização-surpresa realizada apenas um dia após o governo federal autorizar o aumento de até 6,31% nos preços dos remédios, mostrou que, das nove drogarias visitadas em Manaus, quatro já haviam reajustado os valores no início do mês passado. A constatação é da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Amazonas (CDC-ALE-Am)

Para que sejam tomadas as devidas providências contra a ilegalidade, a CDC-Aleam enviará, na próxima semana, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Procon-AM, um relatório sobre a fiscalização. Uma cópia do relatória também será encaminhada ao Sindicato do Comércio Varejista de Drogas do Estado do Amazonas (Sindidrogas), que divulgou que o reajuste só acontecerian na próxima semana.

Segundo o Sindidrogas, as drogarias só alterariam os valores após o recebimento do novo caderno de preços da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC Farma).

Para a presidência da Comissão, o reajuste antecipado antes mesmo da autorização do governo federal terá de ser justificado pelos estabelecimentos. De acordo com a CDC-ALE-Am, ação dos donos de drogarias poder ser comparada com a dos proprietários de postos de combustível, que também reajustaram os valores nas bombas menos de 24 horas após o anúncio do reajuste.

Para a Comissão, com base nessas informações, essas empresas devem ser questionadas e notificadas, pois estão lesando o consumidor.

A blitz da CDC-Aleam, realizada na manhã desta sexta-feira (5), nas drogaria, percorreu estabelecimentos instalados nos bairros Parque Dez e Chapada, na zona Centro-Sul, e Coroado, na zona Leste). Além dos valores reajustados de forma antecipada e sem justificativa, nas drogarias Farmabem, Angélica, Flexfarma e Santo Remédio, também foram constatadas as ausências da tabela ABCFarma de A à Z, uma espécie de caderno onde consta a relação de todos os medicamentos, e da tabela de preço visível à população, inclusive nas vitrines.