“Reações adversas” em crianças suspendem vacinação contra o sarampo, no Amazonas

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Após o registro de casos definidos apenas como “eventos adversos acima do esperado” em crianças que receberam a vacina, na capital, as secretaria de Estado (Susam) e Municipal da Saúde (Semsa) divulgaram, na manhã desta terça-feira (18), uma Nota Técnica Conjunta em que recomendam a suspensão, no Estado, da campanha de vacinação contra o Sarampo, no Amazonas. A imunização é feita com o uso da vacina Tríplice Viral produzida pelo Laboratório Serum Institute of Indian Ltda.Iniciada no último dia 8 deste mês, a campanha de imunização contra o Sarampo, tinha previsão de se estender até o próximo dia 28.De acordo com a Nota Técnica, os lotes da vacina foram enviados ao Amazonas pelo Ministério da Saúde. Segundo as secretarias, a recomendação não afeta o andamento da campanha de vacinação contra a Poliomielite, que prossegue normalmente.Ainda segundo a Nota, investigação caso a caso, realizada pelo Centro de Referências de Imunobiológicos Especiais (CRIE) do Estado, verificou que os registros estão relacionados à vacina produzida pelo Laboratório Serum.

“O Amazonas reconhece a importância do seguimento da campanha contra o Sarampo, entretanto, tem a responsabilidade de minimizar o risco de exposição (das crianças) a eventos adversos até que esta relação (entre a vacina do Serum e os casos de reação) seja esclarecida”, destaca a nota conjunta. Com a decisão, fica interrompida a campanha de imunização contra o Sarampo que pretende alcançar, neste ano, no Estado, 344,1 mil crianças.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Wilson Alecrim, os casos de reação adversa foram todos imediatamente notificados ao Ministério da Saúde. “Enquanto aguardamos a manifestação do órgão, adotamos a medida de interrupção do uso dos lotes, de forma preventiva”, disse o secretário. Ele destacou que a campanha de vacinação contra a Poliomielite – que ocorre paralelamente – continua com sua programação normal, até o dia 28 deste mês, com a meta de imunizar 290,6 mil crianças. Da mesma forma, as demais vacinas disponibilizadas na rotina das unidades de saúde às crianças não sofrerão nenhuma interferência.

De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, as crianças que apresentaram reações adversas à vacina do sarampo estão sendo acompanhadas e passam bem. Nenhuma está internada. “Em todos os casos houve uma intervenção imediata de assistência, que evitaram maiores complicações”, frisou.

O secretário municipal da Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, informou que todos os Distritos Sanitários de Saúde (Disas) da capital já foram comunicados da suspensão da campanha de vacinação contra o Sarampo. Em relação ao Interior do Estado, a FVS está enviando a nota técnica a todas as secretarias municipais de saúde.

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