Áreas verdes da cidade começam a receber, nos próximos dias, a primeira de uma série de intervenções, visando requalificar e revitalizar os espaços integrados a loteamentos aprovados e já usados pela comunidade para lazer e contemplação. A informação é da Prefeitura de Manaus.
O projeto, chamado de “Espaço Verde na Comunidade”, vai promover a valorização dessas áreas e vai contar com a atuação das secretarias municipais do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), da Infraestrutura (Seminf), Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) e do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb).
A primeira área verde a funcionar como projeto-piloto vai ser a do conjunto habitacional Campo Dourado, na zona Norte, com acesso principal pela avenida G.
Segundo o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, Laurent Troost, a intervenção desenhada pela equipe de arquitetos do Implurb, com apoio da Diretoria de Gestão Territorial e Ambiental da Semmas, prevê para o espaço a implantação de todos os equipamentos instalados já nas áreas degradadas e já com uso alterado.
O lote tem 2,1 hectares e o projeto vai atingir 2,8 mil metros quadrados, começando com limpeza, melhoria urbana e ambiental, incluindo plantio e replantio de espécies nativas.
O diagnóstico das áreas verdes começou no ano passado e se intensificou em abril deste ano, com o mapeamento e análise do entorno e dos usos comunitários.
No Campo Dourado existe um pequeno igarapé, que vai ter sua vista valorizada e vai ser melhor incorporado à natureza e à topografia local.
Às vezes vistas como problemáticas, por problemas com invasão, lixeiras viciadas e pontos de zonas vermelhas e uso de drogas, as áreas verdes são espaços definidos pelo poder público, com base em projetos de parcelamento do solo urbano, constituídas por florestas, trechos florestais ou demais formas de vegetação (primária, secundária ou plantada), de natureza jurídica inalienável, e destinadas à manutenção da qualidade ambiental.
O diretor de Gestão Territorial e Ambiental da Semmas, Andrew Murchie, explicou que o projeto-piloto vai ter um custo aproximado de R$ 700 mil, valor que vai ser absorvido a partir de uma compensação ambiental por uma empresa privada.
O projeto vai ser apresentado aos moradores da área, durante uma reunião à noite, com presença de técnicos e arquitetos da Semmas e Implurb, ainda esta semana.
Outras cinco áreas, localizadas nos conjuntos Renato Souza Pinto I e II, Castanheiras, Beija-Flor e Águas Claras, já passaram pelo mesmo levantamento.
Todo o trabalho vai contar com ações para promover mudanças de comportamento e atitude dos moradores em relação às áreas verdes, a partir de suporte da Comissão Intersetorial de Educação Ambiental (CIEA-Manaus).