Professores ligados a ASPROM Sindical rejeitam proposta do governo e decidem seguir com greve

Foi durante assembléia geral, realizada na manhã desta segunda-feira (2/4), em frente à sede do Governo, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus. Os professores ligados ao Sindicato dos Pedagogos e Professores de Manaus ( ASPROM), decidiram pela manutenção da greve da categoria em todo o Estado. A votação foi feita com a ajuda de um carro de som estacionado nas proximidades.

“Quem é favorável à rejeição da proposta dois, pela rejeição da proposta?“

(gritos e assovios em manifestação de apoio)

Os docentes rejeitaram a proposta encaminhada pelo Estado que concedia 14,5% de reajuste a categoria, cujo o beneficio começaria a ser pago a partir de maio, conforme explicou o coordenador financeiro da ASPROM, Lambert Melo.

“É’ os 4,5 %, porém agora acrescido de um gatilho que o governo está inventando, onde se colocaria 1% a cada mês, até o final de dezembro, e, lá no final de dezembro, daqui, portanto, a 9 meses,           se teria acumulado  um percentual de 14 %. Isso é algo que tenta induzir a sociedade a acreditar que o governo estaria disposto a pagar, já a partir de agora, os 14 %, o que o que não é verdadeiro!”

A presidente do Sindicato dos Pedagogos e Professores de Manaus, Helma Sampaio, afirmou que o Estado tem condições de pagar o reajuste reivindicado pelos docentes de 35%.

“Nós temos um recurso federal chamado Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). É um fundo de recursos que chega para salário de professor e, só de Fundeb, nós temos 28% que pode ser aplicado. O Fundeb é livre da Lei de Responsabilidade Fiscal!”

Até o fechamento desta matéria, o Governo do Estado ainda não havia se posicionado sobre a  rejeição da proposta e a decisão dos professores de manterem a greve. Nesta terça-feira, os educadores devem participar de audiência pública na Assembléia Legislativa onde o impasse com o Estado deve ser discutido.

 

Amazonino reafirma “compromisso com valorização de servidores da educação

A proposta avaliada pelos professores foi feita nesse domingo (1º/04), pelo governador Amazonino Mendes, durante visita ao município de Rio Preto da Eva (a 68 km de Manaus). O governador disse que o Estado está fazendo um esforço, com responsabilidade, para recompor perdas salariais dos professores e demais servidores da educação, bem como para corrigir injustiças com todos os demais servidores que não tiveram reajustes nos governos passados.

Segundo o governador, somente para os professores, o reajuste proposto é de 14,57%, além do pagamento de 10% de abono do Fundeb, totalizando ganhos de 24%.

Amazonino reiterou que a gestão das finanças do Estado está sendo feita com responsabilidade para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e para não desencadear mais prejuízos à administração estadual.

O governador pediu compreensão dos educadores de modo que as correções salariais sejam cumpridas dentro do limite prudencial exigido por lei.

 

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