Insatisfeitos pelo não pagamento do abono do Fundo Nacional para a Educação Básica (Fundeb), os professores da rede pública de ensino promoveram um ato público de protesto, na manhã desta segunda-feira (12).
Em passeata, com faixas, cartazes e um carro de som, eles foram até às sedes dos governos estadual e municipal, na Avenida Brasil, na Compensa, zona Oeste. A explicação do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus é que, no ano assado, não houve sobra do fundo.
De acordo com um dos organizadores do movimento ‘Vem pra rua pela educação’, o professor Jonas Araújo, neste mês de janeiro, tanto o governo quanto a prefeitura deveriam ter feito o repasse dos valores do Fundeb, referentes a 2014. Jonas Araújo cobrou mais transparência desse tipo de repasse.
A verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Funbed) é repassada todos os anos, pelo governo federal, sendo que 60% devem ser aplicados em remuneração para os professores.
O titular da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Rossiele Soares, procurou justificar. Disse que, dos 60% destinados ao pagamento dos professores, 63% já foram pagos no ano passado, na forma de reajuste salarial, inclusive com data retroativa.
Por meio de nota, a prefeitura da capital informou que mais de 71% dos recursos do Fundeb, equivalentes a R$ 416 milhões, foram aplicados em remuneração dos profissionais do magistério, em 2014, e que os 28,51% restantes foram aplicados em despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino.
Os manifestantes também aproveitaram para reivindicar ajustes no Ticket Alimentação e para alertar que os governos estadual e municipal devem convocar os professores aprovados nos últimos concursos. Segundo eles, se isso não for feito, vai faltar professor em sala de aula.