Os problemas relacionados à educação e saúde indígena, meio ambiente e etnodesenvolvimento estão sendo discutidos, na manhã deste sábado (12), em Audiência Pública promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), na região do Marau, em Maués. Na localidade, vivem 5 mil indígenas da etnia sateré-mawé. A audiência é alusiva ao Dia do Índio, comemorado no dia 19 de Abril.

O evento, que conta com a participação de representantes das Secretarias Estaduais de Educação (Seduc) e dos Povos Indígenas (Seind), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho Estadual de Educação Indígena, Fundação Nacional do Índio (Funai), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DISEIs), dentre outros órgãos, está sendo conduzido pelo presidente da Comissão, deputado estadual Sidney Leite (PROS).

Na região do Rio Marau, onde ocorre a audiência pública, existem 37 comunidades indígenas. As maiores aldeias são Santa Maria, Vila Nova II, Campo do Miriti, Nossa Sra. de Nazaré, Boas Novas, Nova Aldeia, Marau Novo, Kuruatuba e Menino Deus. As demais possuem menos de 100 habitantes cada.

Sidney Leite tem denunciado, na tribuna da ALE, as precárias condições de atendimento à saúde indígena, com a falta inclusive de médicos, na região. Ele também ingressou com uma ação no Ministério Público Federal, pedindo providência com relação às condições da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Maués, em cujo espaço são acomodados, juntos, e sem nenhuma higiene ou estrutura, doentes de um modo geral, inclusive os que sofrem com tuberculose, parturientes e indígenas que fizeram cirurgias.

Segundo ele, os indígenas são tratados sem nenhum respeito. “Eles estão abandonados”, ressalta o parlamentar, destacando que é grande o volume de recursos disponibilizados pelo Governo Federal para a saúde indígena, não justificando o estado em que a área se encontra, no Amazonas.