Dez homens presos na operação “Rio Madeira”, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas, na última sexta-feira (28/11), no município de Humaitá, a 590 quilômetros de Manaus, foram transferidos para a capital do Estado, nesta quinta-feira (04/12). O traslado foi realizado pelos integrantes do Grupo Força Especial Resgate e Assalto (FERA) e Policiais Civis do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Os presos foram trazidos via aérea, e desembarcados no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona Oeste, e, de lá, conduzidos para a sede do DRCO, na Rua São Francisco, bairro Coroado 3, na zona Leste de Manaus. Após os procedimentos legais necessários, serão encaminhados à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, onde ficarão presos, aguardando julgamento.
Um total de 21 pessoas foram presas na “Rio Madeira”, por envolvimento com o tráfico de drogas na região, das quais o policial militar Cilas Jérrison Pinto da Silva, investigado por facilitação da entrada de drogas e celulares, na unidade prisional de Humaitá, durante os seus plantões.
A operação teve a finalidade de combater o tráfico de drogas no município e a ação criminosa interestadual. Ainda no dia da operação (28), nove presos considerados de alta periculosidade foram trazidos para Manaus e outros dez detentos chegaram nesta quinta-feira (04), obedecendo determinação do juiz Jéfferson Galvão de Melo, da 1ª Vara de Humaitá.
Efetivo empregado
Cerca de 80 Policiais Civis integraram a ação, coordenada pelo Diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Delegado Sandro Sarkis. Policiais Civis das Especializadas em Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE), Homicídios e Sequestros (DEHS), do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (FERA) participaram da operação, que também contou com o Grupamento de Operações Aéreas (GOA), Policiais Civis de Humaitá, além de parceria com a Polícia Civil de Rondônia.
Segundo Sarkis, as investigações duraram mais de quatro meses. Durante esse período, ainda de acordo com o Delegado, foi constatado por meio de grampos telefônicos, feitos com autorização da Justiça, que um plano vinha sendo arquitetado para a execução de um dos delegados de Humaitá, além de conspiração para atentar contra a integridade física de outras autoridades do município.
“A Polícia Civil vem se fazendo presente nos municípios por meio dos novos Delegados de Polícia, empossados neste ano. E isso tem incomodado os criminosos, que, antes, tomavam conta das cidades do Interior”, ressaltou. E enfatizou que a operação “Rio Madeira” também veio para combater o tráfico de drogas interestadual que ocorre por conta da proximidade entre Humaitá e a cidade de Porto Velho, que também fica próximo à Bolívia, conforme explicou.
Foram apreendidos quase 2 kg de drogas, sendo 1,178 kg de pedras com aparência de cocaína e 420 gramas de maconha, três motocicletas e um veículo, e mais de 10 aparelhos celulares. No total, 22 mandados de busca e apreensão e prisão preventiva foram expedidos, dos quais 21 foram cumpridos, alguns deles na unidade prisional do município. Entre os crimes, os presos vão responder por tráfico e associação ao tráfico de drogas (Artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06).
Lista do nome de presos na operação:
1 – Adalmir da Costa Junior,
2 – Cleison Riça Costa, vulgo “Pelado”, 24.
3 – Evaldo Mendonça de Oliveira
4 – Elcicleiton Monteiro Bezerra, vulgo “Queito”
5 – Iran Junior Soares de Souza. “Juninho”
6 – Jomara Carvalho da Silva
7 – José Eli Monteiro Bezerra
8 – Luciano Marcos Formiga de Magalhães Júnior, vulgo “Papudo”, 23.
9 – Maria Vanda Lopes de Lima
10 – Pedro Queiroz Clarindo
11 – Raimundo Danrlei Mendonça
12 – Renan Palheta Garcia
13 – Walisson Pereira Rodrigues, 21.
14 – Jeferson Barros de Miranda, vulgo “Cinquentão”, 24.
15 – Elói Guimarães Queiroz
16 – Luiz Felipe de Miranda Lacerda, vulgo “Felipe Mel”
17 – Marivando Lopes de Lima
18 – Aluizio Lopes de Lima, vulgo “Pilta”, 27.
19 – Domingos Vasconcelos Costa, vulgo “Vasco”, 28.
20 – Evaltinho Nascimento Silva, vulgo “Valtinho” ou “Val”, 27,
21- Cilas Jérrison Pinto da Silva, policial militar.