Polo Industrial de Manaus demite quase 13 mil pessoas no primeiro semestre

Em janeiro, as indústrias do PIM empregavam em média 117,1 mil trabalhadores. Em junho, caiu para 104,3 mil empregados - Foto: Chico Batata

Em janeiro, as indústrias do PIM empregavam em média 117,1 mil trabalhadores. Em junho, caiu para 104,3 mil empregados – Foto: Chico Batata

O primeiro semestre de 2015 registrou queda de 10,9% na média do número de emprego do Polo Industrial de Manaus (PIM). De janeiro a junho, o quantitativo de demissões chegou a 12,8 mil, entre efetivos, temporários e terceirizados. Em janeiro, as indústrias do PIM empregavam em média 117,1 mil trabalhadores. Em junho, o contingente caiu para 104,3 mil empregados, de acordo com os Indicadores de Desempenho da Suframa.

No mesmo período de 2014 o saldo de desligamentos foi de apenas 5,8 mil. Na avaliação dos empresários, o cenário negativo é reflexo da crise política e econômica que atinge o país, fatores que segundo eles, resultam na retração do consumo e na falta de confiança do consumidor para fazer novos gastos. Tudo isso, gera a menor atividade industrial e o consequente desemprego.

Os dados também mostram que nos últimos 12 meses cerca de 16,1 mil pessoas deixaram os postos de trabalho, o que representa uma queda de 13,3%. Em junho de 2014, eram 120,2 mil trabalhadores no PIM, contra os 104,1 mil de junho deste ano.

De acordo com o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, a instabilidade nos cenários político e econômico do Brasil geram uma desconfiança ao consumidor, que se preocupa com o período de dificuldades financeiras e reflete antes de fazer novos gastos. Como um efeito ‘dominó’, este fator, segundo o empresário, resulta na retração da atividade industrial e logo, na dispensa dos industriários. “Há uma redução no consumo e na demanda. A atividade industrial cai e ocorre o desemprego. Quem perde o emprego deixa de consumir e as que estão empregadas apresentam uma desconfiança quanto ao consumo porque não querem gastar com o que na sua avaliação seja desnecessário”, disse.

Fonte: Jornal do Commércio

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