O polêmico projeto de lei que barra a atuação dos guardadores de veículos em toda a cidade já começou a ser analisado pelos vereadores da capital. O projeto incomoda a classe, que se mobiliza, em busca de organização.
Nesta terça-feira (20), excetuando os guardadores que se comportam de maneira profissional, o autor do Projeto de Lei, vereador Edinailson Rozenha (PSDB), disse que alguém tinha que tomar alguma providência contra os maus guardadores, que incomodam os donos de veículos.
“Infelizmente os anos foram passando, e os problemas criados por essa ‘categoria’ à comunidade, à sociedade, à população de Manaus foram se agigantando, e alguém tinha de ter coragem de enfrentar! Muitos políticos com medo de perder votos e sociedade, por medo de repressão, não tomaram nenhuma iniciativa.”
Edinailson Rozenha classificou os guardadores acusados de abusos contra os donos de veículos de formar uma verdadeira milícia.
“Infelizmente, a coação, a intimidação, os maus tratos aos motoristas, infelizmente – não por todos, mas pela grande maioria – se formou uma espécie de milícia nas ruas de Manaus, onde senhores e senhoras são vilipendiados, quando não pagam os valores cobrados, valores abusivos, sobretudo na Ponta Negra – um absurdo! E a gente teve de enfrentar! A ‘categoria’ teve muitos anos para se organizar, dar treinamento, ganhar a simpatia da população, e assim não o fizeram!”
O presidente da Associação dos Guardadores e Lavadores de Veículos de Manaus – a Aglavan – Henrique André dos Santos, que é contrário ao projeto, disse que a categoria está se organizando para retirar os maus elementos infiltrados entre os trabalhadores.
“Não estamos satisfeitos, claro! Hoje, a Aglavam tem 1.200 trabalhadores cadastrados. Só no Centro são 600 trabalhadores atuando. A credito que, para organizar, não deve haver uma proibição, mas fazer uma parceria para ajudar a ‘categoria’ a se qualificar, Nós temos interesse em nos organizar. Estamos trabalhando com fardamento.”
O presidente da entidade admitiu a existência lavadores que se comportam criminosamente, mas afirmou que falta fiscalização. Segundo Henrique André dos Santos, os bons profissionais estão procurando afastar os maus. “Se hoje o maior argumento é a extorsão – claro que há infratores – lamento e sinto muito em ter de admitir que há pessoas infiltradas no nosso meio, por falta de fiscalização, mas nós estamos nos separando dessas pessoas, com um crachá e uma farda. Nós temos, sim, uma utilidade, nos nossos pontos de trabalho!”
Entre os assuntos que estão sendo tratados hoje, pelos vereadores da capital, está o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos professores municipais, enviado à Casa pelo Executivo Municipal.