A Petrobras prepara proposta de metodologia para reajustar os preços de combustíveis, que deve ser apresentada no dia 22 de novembro.
A proposta deve permitir melhora no caixa da petroleira e na chamada alavancagem, que é a possibilidade de fazer empréstimos no exterior. O cálculo será feito com base no câmbio e nos preços cobrados no mercado internacional.
“Não sei se vai ser um gatilho, o que vai ser. O importante é que trará a previsibilidade”, disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa.
A companhia vai perder, este ano, US$ 9 bilhões, nos cálculos do Deutsche Bank, com a atual política, que não prevê uma regra clara para o repasse da oscilação internacional aos preços dos combustíveis vendidos em suas refinarias.
A Petrobras precisa importar diesel e gasolina para atender à demanda interna e há quase dois anos registra prejuízos que chegam a US$ 1 bilhão ao mês por vender combustíveis mais baratos no mercado interno do que os preços do mercado internacional. O repasse das altas comprometeria as metas de inflação do governo, que detém o controle acionário.
Nesta segunda-feira, a perspectiva de criação de uma nova política de reajuste de preços fez o mercado ignorar o decepcionante resultado trimestral da companhia, o terceiro pior em dez anos. No primeiro pregão após o resultado, as ações preferenciais – sem direito a voto, tradicionalmente mais negociadas no mercado -, subiram quase 10% e fecharam a R$ 18,87, alta de 9,25%.
Reajustes
1 A Petrobras teve lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no 3º trimestre – ou 40% abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro.
2 Para os analistas do Luiz Carvalho e Filipe Gouveia a medida importa para o futuro da Petrobras.
3 O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o foco da nova metodologia de reajuste é a gasolina e o diesel.
4 Atualmente, apenas o querosene de aviação (QAV) e a nafta têm paridade com preços internacionais.
Com informações das assessorias