Pesquisadores da Rede Bionorte participam de descoberta sobre queda na absorção de CO2 pelas árvores amazônicas

Ao estudar as causas do crescimento acelerado e da morte mais rápida de árvores do bioma amazônico e a relação disso com as mudanças climáticas globais e a dinâmica de secas na região – em especial a de 2005, cem pesquisadores de todo o mundo, liderados pelo cientista Oliver Phillips, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriram uma queda de 30% no volume de absorção de gás carbônico pela floresta desde os anos 1990. O resultado da pesquisa foi publicado no último dia 19 de março na revista Nature(Vol. 519, pág. 344-348) e teve repercussão no mundo todo.

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O coordenador da pesquisa sustenta que é preciso reduzir e muito as emissões de gases de efeito estufa (GEE), pois resta provado que as florestas tropicais estão perdendo a capacidade de neutralizar o CO2 e vêm sofrendo consequências graves nas últimas décadas. Esse foi o maior estudo já realizado sobre o bioma amazônico, no qual foram analisados 30 anos de danos. O professor acrescenta: “No mundo todo, florestas intactas estão mudando. O que era o sumidouro do CO2 está perdendo essa capacidade e as concentrações desse gás na atmosfera irão aumentar mais rapidamente”.

Dois professores e um aluno de doutorado da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), cujo Programa de Pós-Graduação é coordenado pelo professor Spartaco Astolfi, fazem parte da equipe responsável pela descoberta. Os representantes da UFAM são: professora Beatriz Marimon, professor Ben Hur Marimon Junior e o doutorando Edmar Almeida de Oliveira. De acordo com a professora Marimon, as áreas de florestas em Mato Grosso têm padrão parecido, com taxas de crescimento aumentando, e com a mortalidade aumentando mais ainda. Essas mortes, de acordo com a pesquisa, ocorrem desde os anos 1980, mas têm se tornado mais acentuadas ao longo do tempo.

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