Cerca de 160 mil usuários do sistema de transporte coletivo amanheceram sem o serviço, nesta sexta-feira (07), na zona Leste de Manaus.
Motoristas da Global Green, a maior empresa do sistema, com aproximadamente 20% da frota da capital, paralisaram atividades. Quem precisou chegar ao trabalho, escola ou a outros destinos, foi impedido pela paralisação.
Os trabalhadores reivindicavam pagamento de horas extras do dia das eleições, participação nos lucros e pagamento do FGTS e INSS atrasados, por parte das empresas. Outra causa da paralisação seria o adiamento da votação do dissídio coletivo da categoria, que deveria ocorrer hoje, e que os trabalhadores teriam descoberto que não ocorreria.
Revoltados, usuário decidiram fechar a Avenida Cosme Ferreira, que foi liberada, após uma ação da Polícia Militar. Mesmo assim, a população ameaçou fechar a via de novo, nas proximidades do Complexo viário São José, que liga as zonas Leste, Sul e Centro Sul.
A garagem da Global Green ficou totalmente tomada por 264 veículos que atendem a cerca de 40 linhas, em diversos bairros de Manaus.
Para minimizar os efeitos da paralisação, que durou até o início da tarde, quando foi aprovado o dissídio coletivo da categoria, a Superintendência Municipal de Transportes Coletivos (SMTU) remanejou as linhas 517 e 651 para atender aos moradores da zona Leste.
Após o fim do movimento, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, declarou que a população não pode mais ser prejudicada por interesses políticos que motivem ações ilegais.
Arthur lembrou que a paralisação foi ilegal, já que não houve assembleia, aviso e nem a deliberação da justiça e ressaltou que Manaus tem um dos melhores salários de rodoviários do país.
O prefeito também completou que a empresa Global, mesmo com as dificuldades que enfrenta, tem tido seu déficit reduzido em função do Consórcio Operacional criado pela prefeitura.