Começou, nesta terça-feira (7), uma ação conjunta que reúne o poder público e a iniciativa privada, em ações de combate aos efeitos da cheia, na capital do Estado.
Pela manhã, a Prefeitura de Manaus deu início à operação SOS Enchente, para minimizar os impactos da cheia dos rios na cidade. Desde esta terça-feira (7), pontes estão sendo recuperadas e construídas em áreas constantemente afetadas pela cheia do rio Negro.
O Centro, uma das regiões mais atingidas no período, vai começar a receber ações preventivas, a partir desta quarta-feira (8). Nesta fase, os trabalhos no Centro vão ser realizados por meio da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seminf) e vão começar pelas ruas Barão de São Domingos, Lourenço Braga e dos Barés.
Durante duas semanas, as ruas da área vão receber serviços de desobstrução de galerias, implantação de tampas de bueiros, regularização das caixas coletoras e confecção de meio fio e sarjeta.
Também no Centro, a prefeitura, em parceria com o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), a empresa Andrade Gutierrez e a Manaus Ambiental vai atuar na descontaminação da água com a aplicação de hidróxido de cálcio para além de descontaminar, neutralizar o odor.
A aplicação, com previsão de início em maio, quando o rio deve atingir a cota de 29m, vai ser feita de três em três dias. O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) vai atuar no local para a interdição da via.
Na tarde da segunda-feira (6), o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) reuniu os representantes das secretarias que vão participar do trabalho para ‘afinar’ as estratégias de ação.
A previsão também é de que, no próximo dia 14, comece a construção de pontes no bairro Educandos, zona Sul. De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil, capitão Aníbal Gomes, caso o Rio Negro atinja a cota máxima prevista pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), de 29,59m, devem ser afetadas 775 famílias da área, onde serão construídos 482 metros de passarelas, para facilitar o acesso dos moradores e dos agentes e fiscais da prefeitura.
A ação segue, com o apoio da Seminf, em bairros como São Jorge, Presidente Vargas, Raiz, Centro, Aparecida, Betânia, Mauazinho e Santo Antônio. A previsão é de que sejam construídos 3,1 metros de passarelas em todos em nove bairros.
Além da capital, a prefeitura está monitorando 12 comunidades na zona Rural, localizadas à margem do rio Amazonas, que também podem ser prejudicadas. Em uma delas, a Comunidade Nossa Senhora do Carmo, há previsão de construção de passarela.
Já em bairros como Cachoeirinha, Tarumã, São Geraldo, Colônia Antônio Aleixo, Compensa e em algumas áreas do Centro e Mauazinho as pontes serão construídas pela comunidade com ajuda da Defesa Civil.
A decisão foi dos próprios representantes da comunidade que participaram do curso de capacitação e hoje atuam como agentes comunitários de Defesa Civil por meio do Nupdec.
A diretora do departamento de proteção social especial da Semasdh, Larissa Braga, afirmou que além desse trabalho de infraestrutura, a operação também inclui, a partir de maio, o cadastro de famílias para assistência social.
A previsão é de que a ação comece pelo Tarumã, seguido pelo São Jorge, Mauazinho, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas, Aparecida, Centro, Cachoeirinha, Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara, Santo Antônio, Compensa e São Geraldo, com previsão de atender a cerca de três mil famílias. O Prosamim vai acompanhar o cadastro.
A Secretaria Municipal da Limpeza Pública (Semulsp), que já deu início à limpeza dos igarapés e tira por dia aproximadamente 25 toneladas, vai intensificar o trabalho durante esse período.
Com a cheia do rio, parte do lixo invade as casas. Por isso, segundo o subsecretário da Semulsp, José Rebolças, a ideia é, além de limpar essas áreas, conscientizar o morador de que o lixo jogado no igarapé ou à margem dele pode prejudicar quem mora na região.
Para isso, fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) acompanharão o trabalho. Durante as visitas, agentes de saúde vão fazer visitas às casas próximas as áreas alagadas para orientar os moradores e atender caso necessário.
A operação vai envolver as estruturas do Gabinete do Gestão Integrada do Município (GGIM), Casa Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil, Seminf, Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Semulsp, Semsa, Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal do Centro (Semc), Semmas, Manaustrans, além de órgãos do Estado e empresas.