Após ter sido acionado para justificar aumento dos valores dos combustíveis, nos postos de Manaus, e ter respondido que não é responsável pelos preços, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Álcool e Gás Natural do Estado do Amazonas (Sindcam) pode ter de se justificar no Ministério Público Estadual (MPE-AM)
Em audiência realizada nesta sexta-feira (4), os integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC-Aleam) cobraram dos representantes de distribuidoras de combustíveis no Amazonas, justificativa sobre o aumento no preço da gasolina, que chega a custar em média R$ 3,19 nos postos de combustíveis no Estado.
A coordenadora da CDC-Aleam, Michele Braga, lembra que o sindicato das empresas já tinha acionado pela Comissão, mas, em resposta, por meio de ofício, a entidade empresarial informou que não é responsável por preços.
“Recebemos inúmeras denúncias de consumidores insatisfeitos com o preço da gasolina, que chega a custar R$ 3,19. Oficiamos o sindicato que representa os postos e eles informaram que não são responsáveis pelo reajuste. Hoje, realizamos audiência com os representantes das distribuidoras que, por sua vez, afirmaram que, de modo geral, os repasses não foram expressivos. O fato é que vamos continuar trabalhando para identificar a causa desse aumento e, não vamos permitir, de maneira alguma, que os consumidores amazonenses sejam prejudicados”, afirmou Michele Braga.
A coordenadora da CDC-Aleam informou, ainda, que os representantes das distribuidoras de combustíveis se comprometeram em apresentar até o próximo dia 10, uma resposta escrita sobre o questionamento.
“Não é justo que o consumidor pague por um reajuste que não foi justificado em nenhum momento. Esse reajuste ainda se deu de forma sincronizada em todos os postos de combustíveis e nós vamos cobrar respostas. Vamos aguardar o documento enviado pelas distribuidoras e confrontar os representantes dos postos de combustíveis. Se não houver justificativa, vamos enviar o caso ao Ministério Público do Estado (MPE-AM)” afirmou Miichele Braga.