Após 9 anos da lei maria da penha, mulheres reconhecem avanços, mas criticam demora no julgamento de processos de violência em Manaus.
Para desafogar a demanda, o judiciário realiza mutirões na capital.
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A personagem, que não identificamos por razões de segurança, decidiu se separar do marido depois de várias agressões. Mas após 1 ano da decisão de sair de casa, só agora ela conseguiu a primeira audiência na justiça.
A demora pode ter explicação no aumento do número de registros de agressões nas delegacias. No ano passado, foram 17 mil casos. De janeiro a julho deste ano, já são mais de 11 mil.
A maioria das ocorrências vai parar nos tribunais, mas acaba esbarrando na conhecida lentidão da Justiça.
Para desafogar o fluxo de processos, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) está realizando mutirões desde a última segunda feira (3).
Só o 2º Juizado Maria da Penha, no bairro Educandos, zona Sul da capital, o TJ-AM programou para esta semana, cerca de 40 audiências por dia.
A juíza Luciana Nasser afirma que os avanços foram importantes, nos Últimos 9 anos de vigência da lei, mas, para melhor atender as vítimas, o Judiciário está focado em melhorar o desempenho.