Dois mil e quinze não será fácil, para deputados e senadores, no Congresso Nacional, por conta das denúncias de corrupção que devem chegar a novos nomes, inclusive de políticos, ainda nesses primeiros dias de atividade parlamentar, por conta da Operação Lava Jato. A expectativa nada animadora é da senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, para quem a situação da presidente da Petrobras, Graça Foster era insustentável.
“A saída dela, assim como de toda a diretoria, já era esperada, em decorrência dessa situação insustentável, porque um problema que é fato, efetivo, que ocorre na Petrobras – um problema grave de corrupção – obviamente que respinga na questão da credibilidade, e mudar a diretoria toda, se fosse eu a Presidente da República, já teria feito muito antes.”
Para Vanessa, a decisão de demitir Graça Foster demorou muito e foi danosa para a Petrobras e para o governo. “Demorou!!”, afirma. A senadora defendeu mudanças estruturais que possam prevenir os saques a instituições como a Petrobras garantir a credibilidade do país. Segundo Vanessa, os parlamentares estão preparados para os momentos difíceis que virão.
“O clima – eu percebo – não é de tranquilidade, obviamente, mas há uma preparação do parlamento brasileiro para tudo o que possa vir. A gente já tem a clareza de que não viveremos momentos fáceis. Tão pouco momentos tranquilos, porque já temos a informação de que são mais de 42 processos do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesses próximos dias, devem começar ser divulgados novos nomes de pessoas, inclusive de políticos envolvidos na operação Lava Jato, então, acho que o que precisamos fazer é ter tranquilidade para enfrentar o momento, mas enfrentar verdadeiramente. Não só com a punição daqueles que devem ser punidos, mas com as mudanças estruturais que o Brasil precisa, para que isso não corra!”
Vanessa falou sobre a relação dela com o Senador Omar Aziz (PSD), sobre o qual ela fez um pronunciamento de recepção, e disse que tem boa expectativa em relação ao desempenho do ex-governador no Senado.
“Eu fiz mais uma saudação. Fiz questão de falar um pouco da trajetória do senador, ex-governador Omar Aziz, porque, podemos até ter divergências, em determinados momentos, mas jamais em relação aos interesses do nosso Estado. Jamais! Acho que o Omar vai, em breve ter um destaque muito forte no Senado. É uma pessoa muito experiente. Todos ouvem o que ele tem a dizer e nos cabe, nesse momento, a unidade para ajudar o Brasil e, sobretudo, o Estado do Amazonas!”
Vanessa também manifestou expectativa positiva, em relação à Senadora Sandra Braga (PMDB), mulher do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.
“A senadora Sangra Braga, apesar de nunca ter sido candidata a nada, nunca ter exercido nenhum cargo no parlamento, ela foi secretária, presidente do Conselho de Desenvolvimento Humano do Estado, então, tem muita experiência e creio que ela terá uma postura muito importante! Além disso, dos três senadores do Amazonas, ela é a única do PMDB, que é o maior partido da Casa, tem a presidência do Senado, a presidência da Câmara Federal, a vice-presidência da república, e é uma pessoa equilibrada. Acho que ela veio contribuir!”
Em relação ao novo titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Vanessa disse que a escolha terá de observar os critérios técnico e político e a opinião da própria bancada federal.
“Entendo que, para a Superintendência, nós teremos que levar em consideração dois fatores: o técnico e o político, e acho que o Governo do Amazonas, que sempre teve um papel importante, na escolha da superintendência, deva continuar tendo esse papel – o Governo, o governador, no caso – ouvindo os seus companheiros, a sua bancada – seja de oposição a ele ou não – para ver o que é melhor para o Estado!”
Segundo Vanessa, os debates no Congresso, sobre o segundo escalão, que também envolvem a Suframa, devem ser retomados a partir da semana que vem.