– (fotos:  Jornal de Humaitá) – “Todos os dias, querem nos matar! não queremos prioridade e sim Direitos”. O desabafo foi feito pela presidente da Associação de Redução de Danos no Amazonas – de Álcool e outras Drogas; e Projeto de Prevenção de IST/HIV/DST e Tuberculose, Evalcilene Santos, durante o I seminário da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV do Amazonas (RNP+AM), realizado na semana passada, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Evalcilene falava sobre a situação que as pessoas acometidas dessas doenças enfrentam, atualmente, em todo o Estado.

Apesar de terem sido convidados, os representantes da coordenação estadual do Programa de Prevenção a IST/HIV/AIDS não compareceram, usando como argumento o ponto facultativo decretado pelo Estado na Sema Santa.

Segundo Evalcilene, a falta de remédios, de atendimento humanizado e o medicamento fracionado são lutas diárias enfrentadas por quem precisa dos medicamentos.

Participando do seminário, o presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento e Defesa das Pessoas Vivendo com IST/HIV/AIDS e Tuberculose,  deputado Luiz Castro (Rede) destacou a declaração.

Luiz Castro salientou a fala de Evalcilene. “É um sentimento de desrespeito misturado ao de empatia de alguns profissionais da saúde. Ninguém quer ser tratado como coitadinho, e sim como indivíduos, com suas particularidades e detentores de direitos”, assinalou o parlamentar, que também lembrou os desvios de recursos da saúde, de mais de R$ 120 milhões, revelados pela operação “Maus Caminhos”.

A coordenadora estadual da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV do Amazonas, Vanessa Campos, afirmou que a ignorância chega a ser mortal. “É fundamental entender todo o contexto: o Amazonas encabeça os índices de diagnósticos de HIV, no Brasil. O seminário é importante para falarmos sobre prevenção combinada e o olhar da psicologia para os PVHAS”, ao falar das políticas públicas para pessoas vivendo com HIV/Aids.