Na WEB: Simão Pessoa e a história do reggae em Manaus

Tendo como parceiros de empreitada a empresa Ventisol da Amazônia e o Grupo Samel, que estão apoiando financeiramente o projeto, o escritor Simão Pessoa já começou a disponibilizar na web o livro “Manaus-Babilônia e o reggae da Periferia Zion”, em que pretende contar a história do ritmo na capital amazonense.

O primeiro capítulo da obra, “A Conexão Jamaica-Brasil” pode ser acessada no Portal Kandyru (www.kandyru.com.br), na categoria “Programa Rouanet Norte”.

– A ideia é ir publicando na web à medida que os capítulos ficarem prontos! – diz o escritor, que atualmente está trabalhando no quinto capítulo, intitulado “A Segunda Dentição do Reggae Manauara”. O livro vai ter oito capítulos.

O referido projeto foi aprovado este ano na Lei Rouanet (Projeto nº 240704 do PRONAC), para a produção de 1.000 exemplares do livro, que será distribuído gratuitamente para a população manauara.

O projeto também contempla uma versão audiolivro do produto, que será doada para o acervo da Biblioteca Braille do Amazonas, podendo ser reproduzida gratuitamente em novas cópias para os interessados. O publicitário Renato Pitanga está fazendo a locução e gravação do audiolivro.

A partir de sua música e de suas mensagens de positividade, o reggae apresentou ao mundo um diálogo intercultural, mobilizando, através das interações musicais com diferentes estilos e gêneros de diversos territórios e matrizes étnicas, o soerguimento da musicalidade afrodiaspórica do Terceiro Mundo, do qual o exemplo mais conhecido é o samba-reggae baiano. Isso sem precisar necessariamente priorizar a sua reafricanização, tampouco negar a riqueza da existência do Outro.

– Aqui em Manaus, essa interface com a diversidade de sons no cotidiano dos jovens da periferia foi o combustível que alimentou as engrenagens do estilo reggae caboclo, como uma expressão da descolonização dos gêneros musicais tradicionais do Ocidente – diz o escritor. – Portanto, o reggae pode ser compreendido aqui como uma música popular manauara, por ter suas bases estéticas mobilizadas, por um lado, pela mistura entre as diversas culturas sonoras no mundo, por outro, por trazer em suas sonoridades a vivência de uma população que busca resistir, pela música, às agruras da desigualdade social e às duras condições de sobrevivência na Babilônia metropolitana em que se transformou a capital amazonense.

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