Morte de grávida revela que exames feitos no DETRAN não estão valendo, por falta de aferição dos bafômetros, pelo Imetro

Indignação, revolta. Uma mistura de sentimentos tomou a população, nesta sexta-feira (14).
Uma grávida de apenas 24 anos, morta, na faixa de pedestres, por um motorista com sinais de embriaguez. Mais uma de tantas ocorrências pela mesma causa. Mas na hora da comprovação da embriagues do motorista, uma falha grave pode ajudar a referendar a impunidade.

Depois de preso, às 6:00 da manhã, logo após o acidente, o motorista só foi fazer o exame que constata o álcool no sangue no Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), depois das 11h, o que pode ter ajudado a baixar as taxas para apenas 00,6%, o que rende apenas multa administrativa.

A delegada do 7º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Caroline Guedes, confirmou a dificuldade para a realização do exame no DETRAN.

Mas o diretor do órgão, Leonel Feitosa, desmentiu a delegada. Disse que foi o condutor que se negou a fazer o teste e que os bafômetros estão funcionando normalmente.

O próprio condutor do veículo, Gleidson Amaral, confirmou que, em nenhum momento, se negou a fazer o teste.

A equipe da Rede Tiradentes esteve no Detran-AM, no local onde o teste de alcoolemia deveria ter sido feito. Mas, diferente do que nos foi informado, descobrimos que os bafômetros não estão funcionando.
Eles dependem de uma aferição do Imetro e, no momento, todos estão com a aferição vencida.

Acompanhe o que disse o responsável pelo teste do bafômetro, no parqueamento do DETRAN, em conversa com alguém, no telefone, confirmando que nenhum teste está sendo feito no local e nem na polícia rodoviária federal. “É. Falta aferir os etilômetros. Eles venceram, acho que está com dois dias! Aí eu mandei para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazer, mas lá também não estão fazendo!”

Também estivemos no posto da PRF na Ceasa. Enfático, o policial informou que o tete do bafômetro também não está sendo feito no local.

Sem provas materiais e na certeza da impunidade, os autores de mortes no trânsito continuam matando e até se dando ao luxo de fazer piadinhas, após a apresentação na delegacia.

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