Os moradores do conjunto Kissia, na zona Oeste de Manaus, se manifestam preocupados com o aumento do número de empreendimentos comerciais que começam a ocupar as ruas e a frente das casas sem nenhum controle .
Residencial de classe média com impostos cada vez mais altos, o Kissia já foi um dos mais cobiçados da cidade. Hoje, os moradores afirmam que os comerciantes vêm se instalando cada vez mais rápido, sem que ninguém seja avisado e nenhuma consulta a quem já vive no local há vários anos. As famílias temem uma rápida desvalorização dos seus imóveis por conta do avanço do comércio popular.
Recentemente, afirmam, foi instalado um trailer amarelo para comercializar comidas na área, onde também já funcionam um lanche, um chaveiro e um café da manhã, além de uma empresa de rádio-táxi que ocupa mais de 1/4 da praça do conjunto.
Neste final de semana, um trailer preto denominado Casinha do Peixe começou a ser montado nessa praça.
Os moradores querem saber se o poder público, que é responsável pela liberação desses empreendimentos, tem conhecimento dessa onda de ocupações e se concedeu a devida autorização para a ocupação de um espaço público privada para fins de comércio.
Conforme eles, até um motel com o nome de pousada, está funcionando no Kissia, na Rua Jacira Reis.
Segundo os moradores, o conjunto vem sofrendo com a prática da alta velocidade nas ruas, que não têm edutores de velocidade, ocasionando constantes acidentes nos cruzamentos.
Os bueiros estão entupidos e as ruas esburacadas ou mal recapeadas – a começar pela rua principal – também representam outro problema.
A revolta é ainda maior por conta da única praça do conjunto Kissia 1, totalmente abandonada. Segundo os reclamantes, com a praça destruída e necessitando de reforma, os moradores ainda são obrigados a conviver com essas invasões.
Os reclamantes cobram providências em relação à ocupação comercial desordenada e afirmam que não querem praças de alimentação como as dos conjuntos Eldorado e Dom Pedro, onde os moradores “perderam a paz e o sossego”, mas uma praça revitalizada e com muito verde para que as famílias posam voltar a frequentá-la.
Concordo plenamente! É uma sujeira uma barraca de café da manhã na praça. Moro na área desde 1993.
Nas ruas do Kissia II, as áreas de retorno foram adquiridas por pessoas, para seu próprio interesse. Seria importante questionar a Prefeitura sobre a legalidade em transformar áreas de bem comum, em áreas privadas. E o Ministério Público se pronunciar sobre como as aquisições dessas áreas foram efetuadas.
Reportagem oportuna que requer imediata ação da prefeitura e seus fiscais.
O Conjunto Kissia possui um histórico de prejuízos. Primeiro, no seu entorno foram construídas duas vias com trânsito pesado sem nenhum redutor de velocidade. A Jacira Reis foi aberta ao público externo. O Kissia 1 foi separado do Kissia 2.
No passado, os moradores sofreram com o Antares.
A praça do Kissia 1 abriga todo mundo, menos os moradores. Está virando uma opção de comércio, e isso é péssimo.
Só em Manaus que vemos um espaço público ser ocupado na marra.
Porque não invadem o Débora, o Adrianópolis, a Ponta Negra? Porque lá os bacanas tem poder.
A praça pertence aos moradores.
Querem montar seus comércios? Procurem locais adequados, se regularizem, paguem água, luz e impostos.
Que o prefeito deixe de se preocupar com problemas externos e cuide de Manaus, a começar pelas ruas do Kissia, onde os carros andam de banda, com prejuízos pra população.
Que ele acione os órgãos fiscalizadores e cumpra com o plano diretor do município.