A 2ª Vara do Tribunal do Juri julgou e condenou nesta quinta-feira, 28, mais dois réus do processo que ficou conhecido como “Caso Fred”. Waldemarino Damasceno e Terezinha de Jesus Rocha foram condenados a 33 anos e 11 meses de prisão pelos assassinatos do técnico agrícola Fred Fernandes, ocorrido em Manaus no ano de 2001.
O julgamento começou por volta das 9h e às 18h30, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Anésio Rocha Pinheiro leu a sentença. O casal acusado não compareceu ao julgamento e teve como defensor o advogado Luis Eduardo Valois. O Ministério Público esteve representado pelo promotor de justiça Edinaldo Medeiros.
A defesa prometeu que vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Amazonas. Os réus vão poder aguardar o resultado do recurso em liberdade. “Vamos recorrer porque a pena imposta foi alta ao acusados”, disse o advogado Luis Eduardo Valois.
Já o promotor público Edinaldo Medeiros disse que o Ministério Público ficou satisfeito com a pena aplicada aos réus. Segundo ele, era um desejo da sociedade que esse caso fosse resolvido. “Uma pena que condiz com o crime que eles cometeram. Mais uma etapa desse processo que ultrapassamos e agora ainda faltam outros réus que, por estar em grau de recurso, ainda não foram julgados”, disse o promotor.
Indagado sobre a demora no julgamento dos réus, o juiz Anésio Rocha Pinheiro esclareceu que ao longo do processo muitos foram os recursos e, pelo fato de o processo ter muitos réus, a demora está dentro dos parâmetros dos crimes de homicídios que, no Brasil, demoram em média 11 anos para serem julgados.
“A circunstancias da própria lei permite que haja muitos recursos e acaba protelando, Só nesse ano foram dois adiamentos, por estratégia da defesa. O que aconteceu foi que houve muitos pedidos de adiamento da sessão. Era pra ser julgado no primeiro semestre mas uma liminar acabou adiando, depois em outubro, quando os advogados se retiraram da sessão”, afirmou o juiz.
Mais três réus do processo ainda faltam ser julgados. Os três são da Polícia Militar do Amazonas. Os acusados recorreram da Sentença de Pronúncia e o processo está no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ).