O Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy (EAMAAR) é referência na Região Norte e atende todo o Estado.
Criado em 2013, para o atendimento às famílias amazonenses, o EAMAAR ganhou importância regional, mas ficou pequeno para a grande demanda e acabou sendo referência para todo o país.
Atualmente, conforme a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), devido à grande divulgação do trabalho da unidade, única na especialidade na Região Norte, além do Amazonas, o EAMAAR atende famílias de outros estados como Roraima, Rondônia, Pará e até Rio Grande do Sul.
Mas, de acordo com as mães que buscam a unidade, o espaço precisa de melhorias urgentemente: a quadra não é coberta, os banheiros estão sem água e faltam especialistas para atender a demanda. As informações são confirmadas pela dona de casa Roseane Queiroz, que busca tratamento para o filho na unidade.
“Nós estamos sem psiquiatra desde o ano passado. Isso é grave, porque tem crianças que até surtaram por falta de atendimento. A cobertura quadra é outro problema. A quadra, que é usada para as terapias, está apenas metade coberta.”
Liliane Cruz critica a demora no atendimento. Há meses, ela espera há meses por uma consulta para o filho autista.
“Meu filho está recém-diagnosticado – ele tem dois anos e seis meses -, eu procurei o instituto e, desde a primeira vez que eu vim aqui, dia 24/11 do ano passado e agora só agora foi marcada a consulta a primeira consulta com o neurologista pro dia 20/4.”
A dona de casa Adriana Abreu critica todo o sistema de atendimento ao autista em Manaus, que, de acordo com ela, está sufocado e não atende a demanda.
“Nós estamos aqui, juntamente com o Defensor Público, pra solicitar o atendimento ao autista em nível municipal e estadual.”

MANAUS/AM – 31/03/2014
ESPAÇO “AMIGO RUI” CRIANÇAS AUTISTAS.
FOTO: ARLESSON SICSÚ / SEMCOM
Sobre as demandas, a diretora do EAMAAR, Ieda Rodrigues, afirma que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, já está ciente.
“Referente ao psiquiatra, que é o Dr. Salomão Cohen, está doente e de licença médica, mas nós estamos providenciando um outro profissional para atender essas crianças.”
O defensor público Arlindo Gonçalves visitou o local e disse que a defensoria pública vai tomar providências.
“Isso ainda está sendo apurado. É uma informação preliminar trazida pelas mães.”